O Eidolon do Homem no Cangaço Contemporâneo, de Políbio Alves
Abstract
Este texto busca debater, na narrativa do escritor paraibano Políbio Alves, a partir dos romances A Leste dos Homens e Os Ratos Amestrados Fazem Acrobacias ao Amanhecer, os temas do cangaço e da violência no sertão nordestino. De caráter memorialista, a narrativa rápida e vibrante dessas duas obras apresenta um status quo de mundo com sinal trocado. Políbio Alves revisita o tema do cangaço e da violência do cangaceiro através de imagens refletidas no espelho, cuja perenidade tende a se esgarçar à medida que a narrativa vai-se desenrolando e resgatando um tema ainda polêmico em uma contradita que nega a mítica do progresso, do homem cordial e da paz social, ainda decantada na sociedade atual. Nesse sentido, o autor contemporâneo escreve não somente para evitar que essa memória se apague, mas também para não “morrer de silêncio” diante de um mundo que, apesar de suas transformações, ainda mantém estruturas socioculturais centenárias de exclusão e poder.
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