Seria Adam Smith um retributivista penal?
DOI:
https://doi.org/10.20873-rpv10n1-39Palabras clave:
Mérito, Culpa, Proporcionalidade, Estabilidade social, Espectador imparcialResumen
Com base na obra Teoria dos sentimentos morais, o objetivo desta pesquisa é compreender o motivo pelo qual alguns comentadores, como Haakonssen e Stalley, classificam Adam Smith como um retributivista penal e avaliar a pertinência dessa classificação. Para tal fim retomaremos brevemente a concepção retributivista de justificação da punição e exporemos, sob a ótica destes comentadores, a proposta presente no texto de Smith. Logo em seguida resgataremos a justificação preventivista para traçarmos um paralelo com a teoria do filósofo escocês. A necessidade desta comparação surge devido a presença de conceitos como estabilidade e segurança social que, aliados aos conceitos de mérito, culpa e proporcionalidade, parecem indicar uma teoria de justificação híbrida. Concluiremos que a classificação realizada pelos comentadores é parcialmente equivocada, uma vez que a proposta de Smith apresenta um caráter conciliatório entre as clássicas teorias de justificação.
Citas
BENTHAM, J. O Panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
BENTHAM, J. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
BIANCHI, A. M.; SANTOS, A. T. L. A. “Além do cânon: Mão invisível, Ordem Natural e Instituições”. Estudos econômicos, v. 37, nº 3. 2007, pp. 635-662.
BOONIN, D. The problem of punishment. New York: Cambridge University Press. 2008.
BROOKS, T. Punishment. Abingdon: Routledge, 2012.
CARRASCO, M. A. “Reiterpretacion del espectador imparcial: Impersonalidad utilitarista o respeto a la dignidade”. Crítica, v. 46. nº. 137, 2014, pp 61-84.
CASANOVA, C. A. “La concepción de la justicia en la obra Teoría de los sentimientos morales, de Adam Smith”. Revista chilena de derecho, v. 34, nº 34. 2007, pp. 421.438.
CERQUEIRA, H. E. A. G. “Sobre a filosofia moral de Adam Smith”. Síntese, v. 35, nº 111. 2008, pp. 57-86.
COITINHO, D. “Adam Smith e a virtude da justiça”. Veritas, v.64, n.1, 2019, pp.1-36.
COITINHO, D. “Contrato, virtudes e o problema da punição”. Dissertatio. v. 43, 2016, pp 11-40.
FEINBERG, J. Doing and Deserving: essays in the Theory of Responsibility. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1970.
FRANKFURT, H. “Alternate Possibilities and Moral Responsibility”. In: FRANKFURT, H. The Importance of What We Care About. New York: Cambridge University Press, p. 1-10. 1998.
HAAKONSSEN, K. “Introduction: The coherence of Smith’s thought”. In: The Cambridge Companion to Adam Smith. New York: Cambridge University Press. 2006, pp. 1-21.
HAAKONSSEN, K. The Science of a Legislator: The Natural Jurisprudence of David Hume and Adam Smith. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.
HAMPTON, J. The Moral Education Theory of Punishment. Philosophy and Public Affairs, Hanover, PA, v. 13, p. 208-238, 1984.
HART, H. L. A. “Positivism and the separation of law and morals” in: Harvard law review. v. 71, nº 4, 1958, pp. 593-629.
HART, H. L. A. “Prolegomenon to the principles of punishment” in: Proceedings of the Aristotelian Society, New Series, v. 60, 1959-1960, pp 1-26.
KANT, I. Metafísica dos costumes. Petrópolis, RJ: Vozes; 2013.
MARIN, S. R.; SANTOS, C. A. “A simpatia e o espectador imparcial na obra de Adam Smith: O ‘homem prudente’ como resultado dos hábitos e costumes sociais”. Filosofia da economia, v. 3, 2014, pp. 5-24.
MEIRELLES, L. M. R. “O sentimentalismo racional de Adam Smith e sua contribuição para a filosofia moral”. Intuitio, v. 17, nº 1, 2024.
NAGEL, T. Moral Luck. In: STATMAN, Daniel. Moral Luck. Albany: State University of New York Press, 1993. p. 57-71.
NETO, S. L. G. Uma teoria da pena baseada na vítima: A busca da satisfação do indivíduo vitimado como finalidade da pena. Lisboa, Universidade de Lisboa, 172 f. Dissertação (Mestrado em Direito). Faculdade de Direito, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2018.
NOWELL-SMITH, P. H. “Freewill and moral responsibility”. In: Mind, vol. 225, janeiro, 1948, p. 45-61.
PAGANELLI, M. P. “The moralizing role of distance in Adam Smith: The theory of morals sentiments as possible praise of commerce”. History of political economy, v. 42, nº 3. 2010, pp. 425-441.
RAWLS, J. “Two concepts of rules” in: The Philosophical review. v. 64, nº 1, 1955, pp 3-32.
RAWLS, J. Uma teoria da justiça. SP: Martins Fontes, 2000.
SCARIOT, J. A punição no sistema moral kantiano. Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, 119 f, Dissertação (Mestrado em Filosofia). Programa de pós-graduação em filosofia. Faculdade de Filosofia, Universidade de Caixas do Sul, Caxias do Sul, 2013.
SCARIOT, J. “Fundamentos éticos do direito de punir” in: Manual de ética: questões de ética teórica e aplicada. Petrópolis, RJ: Vozes; Caxias do Sul, RS. 2014, pp. 733-753.
SERRA, F. “Adam Smith y la jurisprudencia” in: Política y Sociedad. v. 37 Universidad Complutense de Madrid, 2001, pp. 81-90.
SMITH, A. Teoria dos sentimentos morais. São Paulo, SP: Martins Fontes. 2ª ed. 2015.
SMITH, A. An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations. Volume I and II. Edited by R. H. Campbell and A. S. Skinner; textual editor W. B. Todd. The Glasgow Edition of the Works and Correspondence of Adam Smith, Vol. 2. Oxford: Oxford University Press, 1976.
SMITH, A. Lectures on Jurisprudence. Edited by R. L. Meek, D. D. Raphael, and P. G. Stein. The Glasgow Edition of the Works and Correspondence of Adam Smith, Vol. 5. Oxford: Oxford University Press, 1978.
SMITH, A. The Theory of Moral Sentiments. Edited by D. D. Raphael and A. L. Macfie. The Glasgow Edition of the Works and Correspondence of Adam Smith, Vol. 1. Oxford: Oxford University Press, 1976.
STALLEY, R. Adam Smith and the theory of punishment. In: Journal if Scottish Philosophy, 10 (1). pp. 69-89. 2012.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Luís Miguel Rechiki Meirelles

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
1. Los autores conservan los derechos concedidos a la revista o el derecho de primera publicación con la obra bajo la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License (CC BY 4.0) que permite compartir las obras con reconocimiento de autoría y publicación inical en esta revista.
2. Los autores pueden aceptar contratos, la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como un capítulo de libro) con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
3. Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en un repositorio institucional o en su página web) con las referencias adecuadas a la revista.














