Malabou e a impossibilidade de fugir do contorno
a permanência da subjetividade na ‘filosofia da diferença’
DOI:
https://doi.org/10.20873-rpvn9v1-03Palavras-chave:
Malabou, Metafísica, Plasticidade, AnarquismoResumo
A assunção de uma identidade inaudita e sem origem determinada, tampouco determinante, mas que define a subjetividade num momento em que a filosofia brada aos quatro ventos a morte do sujeito. O que isso implica afinal? Qual o futuro da ‘filosofia da diferença’ frente a uma metafísica que, então, se anuncia viva e plástica? O que acarreta ao pensamento político que ela enceta a manutenção de uma subjetividade contornada e sem traços fixos? Qual a importância para o pensamento e para a sociedade constituída e quebradiça do nosso tempo nos tomarmos – a nós mesmos e aos outros – contornáveis, identificáveis como sujeitos, embora sem destino, sem origem, sem decorrência mnésica? Seria o bastante apostar no emblema de um novo materialismo de tipo especulativo defronte a tendências para um realismo revisitado? Por uma enorme capacidade de conjugar elementos heterogêneos dentro de um contorno irrenunciável da forma do sujeito, estão o fio e o trajeto de investigação que o presente texto quer assumir desde o trabalho da filósofa francesa Catherine Malabou e do seu próprio trajeto, o mais atual e em curso, Filosofia e anarquismo.
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