A ESCRITA: uma prática movida pela busca da melhor adequação da execução à intenção

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2018v4n4p763

Palavras-chave:

a escrita-composição, os vários papéis do escritor, a voz dos profissionais da escrita, a intenção e a execução, a importância da prática da escrita

Resumo

Objetiva este texto desmontar o processo da escrita-composição evidenciando a importância de que se reveste o desdobramento do escritor/autor em diferentes papéis, que vão de leitor a editor, passando por investigador, descobridor, revisor e crítico. Observa-se, então, a diferença entre o exercício de todas essas funções pelo próprio autor e a sua assunção por diferentes agentes numa ótica da construção da obra pela divisão do trabalho, conforme propõe o narrador de S. Bernardo, de Graciliano Ramos, no início do romance. Para sustentar a argumentação necessária foi crucial o recurso a depoimentos de profissionais da escrita, porquanto atestam na primeira pessoa a dificuldade inerente a essa tarefa. A lição a retirar deste texto vai na direção de incentivar a prática desse processo verbal, com vista à melhor adequação da “execução” à “intenção” (Sommers, 1980), dado que a escrita só pode tornar-se menos distante e mais familiar, se for praticada com assiduidade e com informação acerca da sua dinâmica.

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Biografia do Autor

Maria da Graça Lisboa Castro Pinto, Universidade do Porto

Doutora em Psicolinguística e Neurolinguística e graduada em Letras pela Universidade do Porto. Professora Catedrática de Linguística do Departamento de Estudos Portugueses e Estudos Românicos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Entre 2009 e 2016, foi Diretora do curso de Doutoramento em Didática de Línguas, é Diretora da revista Linguarum Arena. Revista em Estudos de Didática de Línguas da Universidade do Porto e fundou o Programa de Estudos Universitários para Seniores da Universidade do Porto. E-mail: mgraca@letras.up.pt.

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Publicado

2018-06-29

Como Citar

PINTO, Maria da Graça Lisboa Castro. A ESCRITA: uma prática movida pela busca da melhor adequação da execução à intenção. Revista Observatório , [S. l.], v. 4, n. 4, p. 763–792, 2018. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2018v4n4p763. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/5564. Acesso em: 14 nov. 2024.