DA REVISÃO NA ESCRITA: uma gestão exigente requerida pela relação entre leitor, autor e texto escrito

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n4p488

Palavras-chave:

revisão, recursividade, autorrevisão, revisão profissional, leitor

Resumo

A escolha dos termos mais ajustados a determinados conceitos não se revela uma empresa fácil. Sommers (1978) adianta que, por ter sido urgente lançar uma visão da escrita como processo, não ocorreu propor uma nova terminologia, resultando dessa omissão a permanência do termo “revisão”, com o risco de a revisão continuar a ser vista como a última etapa de uma escrita linear. Tem este artigo como objetivo evidenciar o potencial recursivo da “revisão” da escrita no que esta significa de: 1) verificação do isomorfismo esperado entre o que se pretendeu dizer e o que ficou escrito para que a comunicação resulte no seu melhor; 2) atuação em diferentes níveis, contemplando ou não a audiência; 3) conjugação do que é com o como é transmitido; 4) distinção entre a autorrevisão e a revisão profissional e 5) cultura de um distanciamento do leitor face ao material escrito.

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Publicado

2017-07-01

Como Citar

PINTO, Maria da Graça Lisboa Castro. DA REVISÃO NA ESCRITA: uma gestão exigente requerida pela relação entre leitor, autor e texto escrito. Revista Observatório , [S. l.], v. 3, n. 4, p. 488–517, 2017. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2017v3n4p488. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3400. Acesso em: 23 dez. 2024.