APROPRIAÇÕES MIDIÁTICAS DO FEMINISMO NEGRO NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n1p205Palavras-chave:
Comunicação, redes sociais, feminismo negro, literacia midiática, cartografia de controvérsiasResumo
Este artigo examina apropriações midiáticas pelo feminismo negro baseadas em reflexões teórico-conceituais sobre a problemática da comunicação em sociedades midiatizadas e suas relações com a literacia midiática. O Instituto da Mulher Negra Geledés, fundado em 1998 no período da redemocratização brasileira, constitui-se no objeto de investigação. O movimento Geledés foi observado e mapeado em sua página no site de rede social Facebook, durante um período consecutivo de oito semanas em 2016, com o propósito de identificar modalidades de interações entre seus visitantes. A análise dedica-se, para além das postagens do Geledés, a apreender e compreender o que acontece na esfera da recepção quando se trata de tipos de usos, apropriações e produções de sentidos. Um construto metodológico baseado na Cartografia de Controvérsias (CC) foi operacionalizado para analisar as interações dos actantes sociais do Geledés no Facebook, revelando predominância de interações passivas e elevado número de comentários participativos desqualificados sob a ótica do debate público racional.
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