A ATUAL POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA, O VELHO E O NOVO PNE: sem negar a reprodução e explorando contradições
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2024v10n1a53pt%20Palavras-chave:
Política Educacional; Estado Burguês; Plano Nacional de Educação (PNE); Mobilização.Resumo
Com perspectiva histórica materialista este artigo tematiza a política pública educacional como produto de duas circunstâncias muito particulares: a) são legitimadas e reguladas pelo Estado burguês e b) são produtos e resultado das disputas e embates políticos entre as classes e frações de classes sociais. Os aspectos históricos e atuais sobre a política educacional e o PNE nos ajudam a afirmar que se as articulações e mobilizações em prol da aprovação e cumprimento do novo PNE se restringirem a repetir as mesmas práticas, articulações e mobilizações corporativas sem avançar na construção de um projeto popular para o Brasil que tenha como fundamento transformações estruturais na sociedade brasileira, estaremos fadados a vivenciar a repetição da história com relação ao não cumprimento do PNE e, por consequência, do próprio direito à educação. É imprescindível construir um trabalho perene, cotidiano pela base das organizações e movimentos que ultrapasse os limites ‘concedidos’ pelo Estado burguês.
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