A ATUAL POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA, O VELHO E O NOVO PNE: sem negar a reprodução e explorando contradições

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2024v10n1a53pt%20

Palavras-chave:

Política Educacional; Estado Burguês; Plano Nacional de Educação (PNE); Mobilização.

Resumo

Com perspectiva histórica materialista este artigo tematiza a política pública educacional como produto de duas circunstâncias muito particulares: a) são legitimadas e reguladas pelo Estado burguês e b) são produtos e resultado das disputas e embates políticos entre as classes e frações de classes sociais. Os aspectos históricos e atuais sobre a política educacional e o PNE nos ajudam a afirmar que se as articulações e mobilizações em prol da aprovação e cumprimento do novo PNE se restringirem a repetir as mesmas práticas, articulações e mobilizações corporativas sem avançar na construção de um projeto popular para o Brasil que tenha como fundamento transformações estruturais na sociedade brasileira, estaremos fadados a vivenciar a repetição da história com relação ao não cumprimento do PNE e, por consequência, do próprio direito à educação. É imprescindível construir um trabalho perene, cotidiano pela base das organizações e movimentos que ultrapasse os limites ‘concedidos’ pelo Estado burguês.

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Biografia do Autor

Maria Raimunda Carvalho Araujo de Cerqueira

Mestre em Educação pelo Centro de Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE/UFG). Professora da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado do Tocantins.  Membro do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação Municipal da UFT (GepeEM).

Paulo Fernando de Melo Martins

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Professor Associado da Universidade Federal do Tocantins.

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Publicado

2024-11-30

Como Citar

LUDUVICE, Paulo Vinicius Santos Sulli; CERQUEIRA, Maria Raimunda Carvalho Araujo de; MARTINS, Paulo Fernando de Melo. A ATUAL POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA, O VELHO E O NOVO PNE: sem negar a reprodução e explorando contradições. Revista Observatório , [S. l.], v. 10, n. 1, p. a53, 2024. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2024v10n1a53pt . Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/20389. Acesso em: 1 abr. 2025.