A INVISIBILIDADE DO TRABALHADOR NA METODOLOGIA DE MENSURAÇÃO DO RISCO OPERACIONAL A PARTIR DA ABORDAGEM DEJOURIANA

Autores

  • Paulo Cesar Chagas UDF
  • Leda Gonçalves Freitas Universidade Católica de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.20873/2526-1487V5N1P94

Palavras-chave:

Trabalho; Risco operacional; Controle operacional.

Resumo

Este estudo tem por objetivo desnudar na metodologia de cálculo do risco operacional o sujeito que trabalha, para tanto alicerçar-se na interseção entre a abordagem dejouriana e a abordagem de mitigação do risco operacional no ambiente do trabalho.E é neste ponto de convergência cognitiva que se possibilita a construção da pergunta desta pesquisa, assim formulada: a metodologia de cálculo do risco operacional considera como variável da organização do trabalho a pessoa que trabalha? Como relevância este estudo ao oportunizar o estreitamento de duas abordagens investiga com profundidade, na matematização do risco operacional, a invisibilidade da pessoa que trabalha, o que metodologicamente o classifica de objetivos exploratório, de abordagem qualitativa, de natureza aplicada, bibliográfica e também uma revisão sistemática da literatura naquilo que se refere ao construto matemático da metodologia de apuração do risco operacional. Como resultado o estudo ao comprovar a invisibilidade do sujeito que trabalha, na mitigação do risco operacional, aponta para uma pseudocrença de pleno controle da organização do trabalho, o que é preocupante naquilo que aponta para um ambiente de trabalho com potencialidade de danos à saúde física e mental de quem trabalha.

Biografia do Autor

Paulo Cesar Chagas, UDF

Professor de graduação no Centro Universitário UDF, doutor em Psicologia, mestre em Ciências Contábeis. Pesquisas na área de: Trabalho - controle interno; Risco Operacional; Sofrimento no Trabalho; e Comportamento financeiro. Brasília – DF – Brasil

Leda Gonçalves Freitas , Universidade Católica de Brasília

Professora do Programa de Pós Stricto Sensu em Psicologia da Universidade Católica de Brasília. Pós-doutorado em Psicossociologia (CNAM), Doutora em Psicologia Social e do Trabalho, Mestre em Educação. Atua nas linhas de pesquisa "Cultura contemporânea e relações humanas" e  "Desenvolvimento humano em contextos educacionais". Pesquisas na área de trabalho e mobilização subjetiva, escuta qualificada do sofrimento no trabalho, processos de ensinar e aprender e diversidades e direitos humanos. Brasília – Distrito Federal  - Brasil 

Referências

Allen, L., & Bali, T. (2007, abril). Cyclicality in catastrophic and operacional risk management. Journal of Banking & Finance, 31(4), 1191-1235.

Alves, C. A. de M., & Cherobim, A. P. M. S. (2009, março/abril). Análise do nível de divulgação do risco operacional segundo recomendação do comitê de Basileia: estudo em bancos no país e do exterior. Revista de Administração Mackenzie, 10(2), 57-86. http://www.scielo.br/pdf/ram/v10n2/04.pdf

Assaf Neto, A. (2008). Mercado financeiro (8ª ed.), Atlas.

BCBS, B. (2005, novembro). Committee on Banking Supervision. International convergence of capital measurement and capital standards: a revised framework. Bank for International Settlements. http://www.bis.org/

Beatty, R., Becker, B., & Huseld, M. (2005). Scorecard para recursos humanos: conceitos e ferramentas para medir a contribuição das equipes. Elsevier.

Bernstein, P. L. (1997). Desafio aos deuses: a fascinante história do risco. Elsevier.

Chorafas, D. N. (2004). Operational risk control with basel II: basic principles and capital requirements. Elsevier Butterworth-Heinemann.

Cunha, A. M., & Prates, D. M. (2001, julho). Instabilidade e crises nos anos 90: a reação conservadora. Revista Economia Ensaios, 2(15), 151-187. http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaeconomiaensaios/article/view/1197

Damodaran, A. (2009). Gestão estratégica do rico: uma referência para a tomada de riscos empresariais. Bookman.

Dejours, C. (2005). O fator humano (5ª ed.). Fundação Getúlio Vargas.

Dejours, C. (2008). A avaliação do trabalho submetida a prova do real: críticas aos fundamentos da avaliação. In Sznelwar, L., & Mascia, F. (Orgs.). Trabalho, tecnologia e organização. Cadernos de TTO, Bucher.

Dejours, C. (2012). Trabalho vivo: trabalho e emancipação. Tomo II. Paralelo 15.

Dejours, C., Abdoucheli, E., & Jayet, C. (2007). Psicodinâmica do trabalho: contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. Atlas.

De Santi, P. L. R. (1998). A construção do ‘eu’ na modernidade: da renascença ao século XX. Editora Holos.

Drucker, P. F. (2003). A disciplina universal. In Magretta, J. (Org.). O que é gerenciar e administrar. Elsevier, 11-24.

Facas, E. P. (2013). Protocolo de avaliação dos riscos psicossociais no trabalho: contribuições da psicodinâmica do trabalho. [Tese Doutorado em Psicologia]. Universidade de Brasília, Brasília.

Freixo, M. J. V. (2011). Metodologia Científica. Instituto Piaget.

Giglioli, A., Cassaro, M. C. A., & Santos, F. A. (2016, janeiro/fevereiro). As contribuições do gerenciamento de risco operacional para os resultados das micro, pequenas e médias empresas. Revista Redeca, 3(1), 22-34.

Keck, W., & Jovic, D. (1999). Das management von operationellen risiken bei banken. Der Schweizer Trehänder, 963-970. http:/download.almafinjaeger.ch/academy/papers/10_opetationelle_risiken.pdf

Marshall, C. (2002). Medindo e gerenciando riscos operacionais em instituições financeiras. Qualitymark.

Mendes, A. M. (2007). Psicodinâmica do trabalho: teoria, método e pesquisa. Casa do Psicólogo.

Mendonça, H. F, Galvão, G. D. J. C., & Loures, R. F. V. (2008, maio/agosto). Risco operacional nas instituições financeiras: contratar seguro ou auto segurar-se? Revista Economia, 9(2), 309-326. www.anpec.org.br/revista/vol9/vol9n2p309_326.pdf

Morgan, G. (2002). Imagens da organização (2ª ed.). Atlas.

Oliveira, M. C., Garcia, E. A. da R., & Marques, E. O. (2013). O caso Barings: lições aprendidas? In Anais do XXXVII encontro da ANPAD. Rio de Janeiro, 78-93.

Paulo, W. L. et al. (2007, janeiro/abril). Riscos e controles internos: uma metodologia de mensuração dos níveis de controle de riscos empresariais. Revista de Contabilidade Financeira, 49-60. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-70772007000100005

Pedote, C. (2002). Análise e gerenciamento de risco: gestão do risco operacional em instituições financeiras. [Dissertação de Mestrado em Administração]. Fundação Getúlio Vargas. São Paulo, SP, Brasil.

Robbins, S. P. (2009). Fundamentos do comportamento organizacional. Person Prentice Hall.

Vergara, S. C. (2009). Gestão de pessoas. Atlas.

Weber, E. L., & Diehl, C. A. (2014, setembro/dezembro). Gestão de riscos operacionais: um estudo bibliográfico sobre ferramentas de auxílio. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências contábeis da UERJ, 19(3), 41-58. http://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/10408/pdf

Downloads

Publicado

2020-06-15

Como Citar

Chagas, P. C., & Freitas , L. G. . (2020). A INVISIBILIDADE DO TRABALHADOR NA METODOLOGIA DE MENSURAÇÃO DO RISCO OPERACIONAL A PARTIR DA ABORDAGEM DEJOURIANA. Trabalho (En)Cena, 5(1), 94–110. https://doi.org/10.20873/2526-1487V5N1P94

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa