Sofrimento como potência política para o trabalho do sujeito vivo
Resumo
“Viver é sofrer”! Somos todos “companheiros de sofrimento”, expressa Shopenhauer na sua obra Dores do Mundo. O filósofo alemão defende o argumento de que sofrer é essencialmente querer; e como viver é querer, a nossa existência é sofrente: “Quanto mais elevado o ser, mais sofre... A vida do homem não é mais do que uma luta pela existência com a certeza de ser vencida... A vida é uma caçada incessante onde, ora como caçadores, ora como caça, os entes disputam entre si os restos de uma horrível carnificina, uma história natural de dor”. O maior trabalho dos seres humanos é o esforço para manter a miséria em nível suportável e o sofrimento completamente ausente, esforço que aos poucos se transforma em tédio; para expulsar o sofrimento buscam-se as formas mais diversas de criar necessidade e de cuidar das coisas materiais da vida; se não se encontra acesso livre para tal, tem lugar a tristeza e o tédio da saciedade, e para combatê-los é preciso forjar armas.
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