Sofrimento como potência política para o trabalho do sujeito vivo

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Resumo

“Viver é sofrer”! Somos todos “companheiros de sofrimento”, expressa Shopenhauer na sua obra Dores do Mundo.  O filósofo alemão defende o argumento de que sofrer é essencialmente querer; e como viver é querer, a nossa existência é sofrente: “Quanto mais elevado o ser, mais sofre... A vida do homem não é mais do que uma luta pela existência com a certeza de ser vencida... A vida é uma caçada incessante onde, ora como caçadores, ora como caça, os entes disputam entre si os restos de uma horrível carnificina, uma história natural de dor”. O maior trabalho dos seres humanos é o esforço para manter a miséria em nível suportável e o sofrimento completamente ausente, esforço que aos poucos se transforma em tédio; para expulsar o sofrimento buscam-se as formas mais diversas de criar necessidade e de cuidar das coisas materiais da vida; se não se encontra acesso livre para tal, tem lugar a tristeza e o tédio da saciedade, e para combatê-los é preciso forjar armas.

Biografia do Autor

Ana Magnólia Mendes, Universidade de Brasília

Professora da Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Social e do Trabalho e Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações - PSTO. Estágio Sênior no Freudian-Lacanian Institute Après-Coup Psychoanalytic Association em parceria com a School of Visual Arts, New York (EUA). Estágio Pós-Doutorado no Conservatoire National des Arts et Métiers (CNAM), Paris. Doutorado em Psicologia pela UnB e sanduíche na Universidade de Bath, Inglaterra, mestrado e graduação em Psicologia. Fundadora e membro do Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho - LPCT/UnB. Pesquisadora do CNPq e líder do grupo de pesquisa Trabalho e Clínica. Membro do GT Psicodinâmica e Clínica do Trabalho na ANPEPP.

Liliam Deisy Ghizoni, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Professora da Universidade Federal do Tocantins - UFT - Campus Universitário de Palmas, no Curso de Administração e no Programa de Pos Graduação em Comunicação e Sociedade (PPGCOM). Doutora em Psicologia Social do Trabalho e das Organizações na UnB com Estágio Sanduíche na Université Catholique de Louvain la Neuve - Bélgica. Mestre em Educação (área de Educação e Trabalho) pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especialista em Saúde Mental pela FIOCRUZ. Psicóloga pela Universidade do Vale do Itajaí, graduação em Estudos Sociais pela Universidade do Vale do Itajaí. Membro do NESol/ITCP/UFT. Pesquisadora do Laboratório de Psicodinâmica e Clinica do Trabalho - LPCT/UnB. No CNPQ é líder do Trabalho e Emancipação: coletivo de pesquisa e extensão (UFT) e também membro do Grupo de Pesquisa Psicodinâmica e Clínica do Trabalho (UnB). Membro do GT Psicodinâmica e Clínica do Trabalho na ANPEPP.

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Publicado

2017-05-04

Como Citar

Mendes, A. M., & Ghizoni, L. D. (2017). Sofrimento como potência política para o trabalho do sujeito vivo. Trabalho (En)Cena, 1(2), 0–3. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/encena/article/view/3342

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