DESTRUIÇÃO CRIATIVA DE PAISAGENS URBANAS
ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS NOVAS COMBINAÇÕES DA PAISAGEM DO ENTORNO DO AÇUDE VELHO, CAMPINA GRANDE (PB)
DOI:
https://doi.org/10.20873/2025_ENEPEA_v12n2.06Resumo
Ao considerarmos as mediações da acumulação capitalista como prática social, entendendo-as como parte das relações que conformam uma dada paisagem, admitimos que os ciclos do capitalismo promovem mudanças que se inscrevem na paisagem através de modelos de produção e apropriação do espaço, tipos arquitetônicos, etc. O que nos leva a refletir sobre os reflexos do atual regime de acumulação na produção do espaço, especialmente quanto à “destruição criativa”, noção relacionada por Schumpeter (1988) ao modo de atuação dos empresários que admitem novas combinações na produção de mercadorias visando potencializar o seu consumo. Essa postura tem sido muito comum no tratamento do mercado imobiliário em áreas consolidadas, o que nos levou a hipótese de ser o caso da porção do centro de Campina Grande (PB), localizada no entorno do Açude Velho, pois está em curso uma renovação urbana justificada por uma obsolescência simbólica que tem resultado em novas tipologias arquitetônicas e na retenção especulativas de bens imobiliários e fundiários. Assim, objetivamos relatar a análise dessa paisagem urbana, tradicionalmente valorizada pelo mercado imobiliário, por meio da metodologia histórico geográfica. Contribuindo, portanto, para a reflexão sobre os processos socioeconômicos que justificam e impulsionam a transformação de paisagens históricas pela destruição criativa.
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