RODA DE CONVERSAS COM IDOSOS: O DIÁLOGO COMO TERAPIA

Autores

  • Carlos Mendes Rosa
  • Luanna Rodrigues
  • Luzineide Rodrigues
  • Raimundo de Carvalho Lemos
  • Luara Campos de Lima Costa

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2595-7341.2020v3n1p120

Resumo

Este trabalho se propôs desenvolver um projeto de extensão na área de Psicologia, de natureza integrada e multidisciplinar, possibilitando um melhor entendimento acerca do envelhecimento e seus impactos na subjetividade do indivíduo na contemporaneidade. Entendemos que qualidade de vida na velhice se relaciona a múltiplos fatores como capacidade funcional, estado emocional, interações sociais, atividade intelectual e autoproteção de saúde, além de estabelecerem uma relação direta entre relacionamentos sociais. Nesse sentido, o objetivo do projeto "Roda de Conversas com Idosos" é criar um espaço de fala e partilha de experiências para os idosos dentro da Universidade. O efeito do discurso vigente — modulado pela lógica social do tempo útil que objetos, utensílios eletrônicos e pessoas devem ter, como se tudo tivesse um prazo de validade mais curto na sociedade moderna — tem profundo impacto na economia psíquica dos pacientes velhos, ao ponto dos mesmos afirmarem estar sofrendo de velhice. O termo velhice assume valor de significante, redefinindo a forma de o sujeito conceber a si mesmo e ao seu próprio sofrimento. Por essa razão entende-se como fundamental possibilitar um momento de escuta das vivências subjetivas dos participantes, tematizando questões pertinentes ao universo dos idosos ao longo dos encontros e proporcionando atividades artísticas, culturais e físicas que integram idosos e acadêmicos da universidade.

 

PALAVRAS-CHAVE: Envelhecimento; subjetividade; qualidade de vida; natureza integrada e multidisciplinar.

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Publicado

2020-01-01

Como Citar

Mendes Rosa , C. ., Rodrigues, L., Rodrigues , L. ., de Carvalho Lemos, R., & Campos de Lima Costa, L. . (2020). RODA DE CONVERSAS COM IDOSOS: O DIÁLOGO COMO TERAPIA. Capim Dourado: Diálogos Em Extensão, 3(1), 120–132. https://doi.org/10.20873/uft.2595-7341.2020v3n1p120