A razão neoliberal e os limites da democracia liberal no Brasil
A necropolítica de Bolsonaro e as R-existências em curso
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2763-9533/2023.2.7Palabras clave:
Governo Bolsonaro, Crise da Democracia, Necropolítica.Resumen
O artigo analisou algumas ações relacionadas à gestão ambiental e indigenista no governo de Jair Bolsonaro, correlacionando essas ações ao quadro de crise da democracia liberal nos marcos do capitalismo neoliberal e à necropolítica. O intervalo de análise abrangeu de forma predominante o período do governo Bolsonaro (2019-2022). Mesmo frente aos desafios provocados pela crise climática global e o aparente consenso mundial da necessidade de conservação das florestas, tem se observado o aumento de pressões e ameaças às terras indígenas e unidades de conservação alcançando todos os biomas do território nacional, com destaque para a Amazônia. Para embasar a pesquisa qualitativa, foram utilizadas notícias publicadas na imprensa, além de artigos e outras publicações relacionados. A Análise Crítica do Discurso foi a metodologia utilizada para discutir a influência do discurso “Bolsonarista” no quadro de agravamento das tensões socioambientais no país. O trabalho também buscou trazer reflexões e o contraponto acerca das r-existências e lutas do movimento indígena e socioambiental para reverter esse quadro de emergência. Não foi só com armas que a máquina de guerra da necropolítica de Bolsonaro atuou, também ela ocorreu no campo simbólico, na omissão, no desmonte, na desregulamentação e incentivo a atividades predatórias. Essas foram outras formas de atuação indireta fomentadas pelo discurso e prática do mandatário da nação, visando à eliminação dos “indesejáveis” e minorias.