Farinha do caroço de abacate como substrato alternativo para produção de pectinases por Gongronella butleri
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v11n1.bragaPalavras-chave:
bioprodução enzimática , bioprocessos, cultivo em estado sólidoResumo
O emprego das sobras ou refugos da produção agrícola e/ou agroindustrial, para o cultivo de micro-organismos com produção de enzimas tem se tornado constante, pois além de adequar-se como uma alternativa sustentável; agrega valor aos subprodutos; e ainda atua como uma estratégia de mitigação das alterações ambientais. O presente trabalho objetivou estudar o perfil da atividade de bioconversão da farinha do caroço de abacate, realizada pela cepa fúngica Gongronella butleri, visando-se produzir pectinases. A cepa fúngica foi inoculada em triplicata, em frascos contento farinha de caroço de abacate liofilizada, sendo estes previamente umidificados com solução salina nutriente e esterilizados. As fermentações ocorreram a 35ºC por 24, 48, 72, 96 e 120 h. O perfil de produção de pectinases ao longo do tempo foi determinado pela mensuração da atividade enzimática (U g-1) do extrato bruto obtido nas fermentações, por meio de espectrofotometria a 540 nm, conforme método padrão de redução do ácido-3,5-dinitrosalicílico (DNS). A farinha do caroço de abacate induziu a produção de enzimas, sendo observado aumento da atividade pectinolítica com o decorrer do tempo de fermentação, atingindo-se o pico de maior atividade (19,43 U g-1) a 96 h. Em comparação com estudos que empregaram gêneros microbianos considerados padrão para fermentação de “resíduos” agroindustriais e produção de pectinases, a cepa fúngica de G. butleri, apresenta-se como potencial agente biológico alternativo na produção de pectinases, quando frente a farinha do caroço de abacate, especialmente se testes de otimização forem aplicados.
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