Naturalização de Hibiscus sabdariffa L. em região de transição dos Biomas Pantanal, Floresta Amazônica e Cerrado
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v11n2.valentimPalavras-chave:
espécie naturalizada , Vinagreira, Seção FurcariaResumo
A espécie Hibiscus sabdariffa L. é originária do continente Africano. Trata-se de uma espécie arbustiva que pode chegar até 2 m de altura, onde devido aos seus vários usos, se espalhou para diversas regiões no mundo, onde atua de forma exótica, podendo se tornar uma espécie naturalizada. Na cidade de Cáceres- MT existe uma pequena população da espécie em uma área antropizada, no qual, de acordo com os moradores locais, as plantas já estão presentes no local há vários anos, mesmo havendo diversas vezes a ocorrência de perturbações na área. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi analisar a possível naturalização de Hibiscus sabdariffa em uma localidade antropizada presente na região de transição dos Biomas Pantanal, Floresta Amazônica e Cerrado na cidade de Cáceres- MT. Para a execução do trabalho realizou-se uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória e descritiva, pesquisa bibliográfica sobre Hibiscus sabdariffa e sobre naturalização de plantas. Os dados sobre as perturbações foram coletados através de observações ao decorrer dos anos e por entrevistas com pequenos produtores que residem na comunidade. A pequena população da espécie Hibiscus sabdariffa encontrada na comunidade rural em Cáceres- MT possui as características de naturalização, podendo assim, ser considerada uma espécie naturalizada no local e participante da biodiversidade local. Além disso, o fato de a espécie estar presente na área há vários anos mesmo com as perturbações recorrentes, reforça a ocorrência de naturalização.
Referências
Batista EC, Matos LAL, Nascimento AB. A entrevista como técnica de investigação na pesquisa qualitativa. Revista In-terdisciplinar Científica Aplicada, v.11, n.3, p.23-38, TRI III, Blumenau- SC, 2017. https://doi.org/10.13140/RG.2.2.10084.09608
Botrel N, Madeira NR, Melo RAC, Amaro GB. Vinagreira. Embrapa Hortaliças, Brasília- DF, 2017.
Cáceres. Prefeitura Municipal de Cáceres/MT. Prefeitura faz balanço positivo da campanha contra as queimadas e celebra diminuição de focos de calor. 2021. Disponível em: <https://www.caceres.mt.gov.br/Noticias/Prefeitura-faz-balanco-positivo-da-campanha-contra-as-queimadas--e-celebra-diminuicao-de-focos-de-calor-8314/>. Acesso em: Setembro, 2022.
Camillo J. Vinagreira (Hibiscus sabdariffa L.). 2016. Dispo-nível em: <https://www.aplantadavez.com.br/2015/05/vinagreira-hibiscus-sabdariffa-l.html> . Acesso em: Agosto, 2022.
Coelho CA, Amorim BS. Expandindo a distribuição geográfi-ca de Hibiscus sabdariffa L. (Malvaceae): uma espécie natu-ralizada e negligenciada para a flora brasileira. Hoehnea, v.46, n.1, p.1-7, 2019.
http://dx.doi.org/10.1590/2236-8906-101/2018
Coutinho TS, Fernandes-Júnior AJ. Hibiscus in Flora e Funga do Brasil. 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Dispo-nível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB9079>. Aces-so em: fevereiro, 2023.
Esteves GL, Duarte MC, Takeuchi C. Sinopse de Hibiscus L. (Malvoideae, Malvaceae) do Estado de São Paulo, Brasil: espécies nativas e cultivadas ornamentais. Hoehnea, v.41, n.4, p.529-539, 2014.
http://dx.doi.org/10.1590/2236-8906-10/2014
Fagundes GE, Massunaga N. Ações terapêuticas da planta Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern. Revista Brasileira de Nutrição Funcional, v.15, n.65, p.13-18, 2016.
Freitas JG, Gomes VGN, Flores LNP, Batista FRC. Coleta de Material Botânico (Guia prático). Instituto Nacional do Se-miárido- INSA, Campina Grande- PB, 2021.
Gil AC, Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. Editora Atlas; 6ª ed. 2008.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA; Cáceres. 2019. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mt/caceres/panorama>. Acesso em: Março, 2023.
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMbio. Estação Ecológica de Taiamã. 2022. Disponível em: <https://www.icmbio.gov.br/esectaiama/quem-somos.html>. Acesso em: Agosto, 2022.
Krapovickas A, Fryxell P. Las especies sudamericanas de Hibiscus secc. Furcaria dc. (Malvaceae-hibisceae). Bon-plandia, v.13, n.1/4, p.35-115, 2004.
https://doi.org/10.2307/41941259
Mack RN, Simberloff D, Lonsdale WM, Evans H, Clout M, Bazzaz FA. Biotic invasions: Causes, epidemiology, global consequences, and control. Ecological Applications, v.10, n.3, p.689-710, 2000.
https://doi.org/10.2307/2641039
Moro MF, Souza VC, Filho ATO, Queiroz LP, Fraga CN, Rodal MJN, Araújo MFS, Martins FR. Alienígenas na sala: o que fazer com espécies exóticas em trabalhos de taxono-mia, florística e fitossociologia? Acta Botanica Brasilica, v.26, n.4, p.991-999, 2012.
https://doi.org/10.1590/S0102-33062012000400029
Matos DMS, Pivello VR. O impacto das plantas invasoras nos recursos naturais de ambientes terrestres – alguns casos bra-sileiros. Ciência e Cultura, v.61, n.1, p.27-30, 2009.
Pastore M, Rodrigues RS, Bianchini RS, Filgueiras TS. Plan-tas exóticas invasoras na Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba, Santo André- SP: Guia de campo. Institu-to de Botânica, São Paulo- SP, 2012.
Rigueiral LHG, Gonçalez VM, Duarte CM. Espécies nativas de Hibiscus (Malvoideae, Malvaceae) da Região Sudeste do Brasil. Rodriguésia, v.70, p.1-19, 2019. http://dx.doi.org/10.1590/2175-7860201970033
Santos ES. Espécies vegetais exóticas em Sergipe: Aspectos fitogeográficos, normativos e socioambientais. 2020. 140p. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambi-ente) - Universidade Federal de Sergipe, Sergipe.
Schneider AA. A flora naturalizada no estado do Rio Grande do Sul, Brasil: Herbáceas subespontâneas. Biociências, v.15, n.2, p.257-268, 2007.
Silva GS, Rêgo AS, Leite RR. Doenças da vinagreira no Estado do Maranhão. Summa Phytopathologica, v.40, n.4, p.378-380, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Sebastião Marcos Silva Valentim, Petterson Baptista da Luz , Elaidy Laura Oliveira Cardoso, Gabriel Moretto, Antônio Carlos Silva Moreira, Anna Júlia Cardoso Amaral, Bruna Samy de Oliveira Miranda
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 - Journal of Biotechnology and Biodiversity
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0 no link http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (disponibilizado em O Efeito do Acesso Livre no link http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).