Aspectos descritivos da caça de jaçanã (Porphyrio martinicus) em São Ben-to, região da Amazônia maranhense
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v11n3.16683Palabras clave:
subsistência, comércio ilegal, Bioma Amazônico, conservação, caça predatóriaResumen
No Maranhão, a caça de jaçanã, Porphyrio martinicus, tem intenso registro e ocorre em área de grande importância ambiental, a Baixada Maranhense. O objetivo da pesquisa é descrever a caça que ocorre em São Bento, Maranhão, Brasil, apontando as principais técnicas utilizadas e possíveis prejuízos ecológicos a ave e ao ambiente. A pesquisa é de abordagem qualitativa, utilizando como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada e construção de rede de contatos baseada em Snowball Sampling e análise de Bardin. Ao todo foram entrevistados 18 caçadores de um povoado no município de São Bento. Os dados demonstraram que dentre as técnicas de captura e aproximação, a mais utilizada foi a espingarda de calibre 36, que permite abater de 10 a 50 aves por caça e na área de estudo ocorre tanto a caça predatória, quanto de subsistência. Os dados descrevem a atividade de caça predatória e são preliminares ao desenvolvimento de uma caça de caráter sustentável e sensibilização dos praticantes por meio da educação ambiental.
Citas
Almeida MCS. Conhecimento e usos da mastofauna cinegética por caçadores, em unidades de conservação particulares no município de Santa Luzia do Itanhy. 2018. 49 p. Monografia (Bacharelado em Ecologia). Universidade Federal de Sergi-pe, São Cristóvão.
Aguirre A. Estudo sobre a biologia e consumo da jaçanã Por-phyrula martinica (L.) no estado do Maranhão. Arquivos do Museu Nacional. v.52, 1962.
Baldin N, Munhoz EMB. Snowball (bola de neve): uma téc-nica metodológica para pesquisa em educação ambiental co-munitária. In: Congresso Nacional de Educação: Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação. Curitiba: Pontifícia Universidade Católica do Pa-raná. p. 1-10, 2011.
Barbosa JAA, Nobrega VA, Alves RRN. Aspectos da caça e comércio ilegal da avifauna silvestre por populações tradici-onais do semiárido paraibano. Revista de Biologia e Ciên-cias da Terra, v.10, n.2, p.39-49, 2010.
Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
Bezerra DMM, Araujo HFP, Alves RRN. Captura de aves silvestres no semiárido brasileiro: técnicas cinegéticas e im-plicações para conservação. Tropical Conservation Science, v.5, n.1, p.50-66, 2012. https://doi.org/10.1177/194008291200500106
Bonaudo T, Le Pendu Y, Albuquerque N. Caça de animais Silvestres na Rodovia Transamazônica. In: Simpósio Inter-nacional da IUFRO: Manejo integrado de florestas úmidas neotropicais por indústrias e comunidades. Belém, PA. p. 338-350, 2002.
Bragagnolo C, Gama GM, Vieira FAZ, Campos-Silva JV, Bernard E, Malhado ACM, Correia RA, Jepson P, Carvalho SHC, Efe MA, Ladle RJ. Hunting in Brazil: What are the Options?. Perspectives in Ecology and Conservation, v.17, n.2, p.71-79, 2019. https://doi.org/10.1016/j.pecon.2019.03.001
Brasil (1967) Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967. Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.
Brasil (1998) Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de con-dutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras pro-vidências.
Chang CH, Williams SJ, Zhang M, Levin AS, Wilcove DS, Quan R-C. Perceived entertainment and recreational value motivate illegal hunting in Southwest China. Biological Conservation, v.234, p.100-106, 2019. https://doi.org/10.1016/j.biocon.2019.03.004
Dai C, Hu W. Hunting strategies employed by bird hunters with economic pursuit in the city of Guiyang, Southwest China. Journal for Nature Conservation. v.40, p.33-41, 2017. https://doi.org/10.1016/j.jnc.2017.09.005
Silva EV, et al. O ser humano na natureza: consciências e ações na convivência com as pandemias. 1. Ed. São Paulo: ANAP, 2021. p.196 .
Datta AK. Status of Illegal Bird Hunting in Bangladesh: Onli-ne news portal as the source. Human Dimensions of Wildli-fe. v.27, n.2, p,183-192, 2021. doi.org/10.1080/10871209.2021.1895380
Ferreira HF, Alves RRN. Legislação e mídia envolvendo a caça de animais silvestres no Brasil: uma perspectiva históri-ca e socioambiental. Gaia Scientia. v.8, n.1, p.01-07, 2014.
Ferreira HF. A caça no Brasil: panorama histórico e atual. 2014. 466 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2014.
Guimarães CDO, Palha MDC, Tourinho MM. Estratégias e dinâmica de caça na ilha de Colares, Pará, Amazônia Orien-tal. Biota Amazônia, Macapá, v.9, n.1, p.5-10, 2019.
IBGE. São Bento. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/sao-bento/panorama. Acesso em: 14 abr. 2023.
IMESC - Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Zonificação do território – etapa Bioma Ama-zônico. São Luís: IMESC, 2019. Disponível em: http://zee.ma.gov.br/zee-amazonico/. Acesso em: 19 abr. 2023.
Lakatos EM, Marconi MA. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Lastra, Pedro. [Sem título]. In: Flickr. [2019?].1fotografia. Disponível em: https://www.flickr.com/photos/lastingimages/6468719821/sizes/l. Acesso em: 25 nov. 2019.
Lima JB. Avaliação do perfil da caça e dos caçadores de aves silvestres no município de livramento e áreas do entorno no Cariri Paraibano. 2018. 26 f. Artigo Científico (Especializa-ção em Ensino da Natureza e Matemática para convivência com o semiárido) - Universidade Federal de Campina Gran-de, Sumé, 2018.
https://dx.doi.org/10.52446/espensciendanaturezaCDSA.2018.tccmon.lima
Magalhães EP. Combatendo a pobreza e enfrentando as vul-nerabilidades: desafios para a articulação entre o programa bolsa família e a proteção social básica. In: BRASIL. Min-istério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; or-ganização das nações unidas para a ed-ucação, a ciência e a cultura. Concepção e Gestão da proteção social não contri-butiva no Brasil. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, 2009. p. 401-423
Medeiros AM. Aspectos ecológicos, socioambientais e Edu-cação ambiental aplicados na conservação de Kinosternon scorpioides em comunidades da baixada maranhense. 2016. 117 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) – Uni-versidade Estadual do Maranhão, São Luís, 2016.
Mendes, Fabrício Lemos De Siqueira. Comercialização ilegal de carne de animais silvestres em feiras livres de algumas cidades do Estado do Amazonas (Brasil). Rev. colombiana cienc. anim. Recia, Sincelejo. v.12, n.2, p.22-32, 2020. https://doi.org/10.24188/recia.v12.n2.2020.765
Moreira MA. Metodologias de Pesquisa em ensino. São Pau-lo: Livraria da Física, 2011
Oliveira F. O perfil socioeconômico dos caçadores de animais silvestres do município de São Bernardo. 2018. 50 f. Mo-nografia (Licenciatura em Ciências Naturais com habilitação em Química). Universidade Federal do Maranhão, São Ber-nardo, 2018.
Pezzuti JCB, Antunes AP, Vieira MARM, Valsecchi J. Ra-mos RM, Constantino PAL, Campos-Silva JV, Duringan CC, Rebêlo GH, Lima NAS, Ranzi TJD. A caça e o caça-dor: uma análise crítica da legislação brasileira sobre o uso da fauna por populações indígenas e tradicionais na Amazô-nia. Biodiversidade Brasileira. v.8, n.2, p.42-74, 2018. https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v8i2.779
Braga-Pereira F, Bogoni JA, Alves RRN. From spears to automatic rifles: The shift in hunting techniques as a mam-mal depletion driver during the Angolan civil war. Biologi-cal Conservation. v.249, 2020, 108744. https://doi.org/10.1016/j.biocon.2020.108744
Reis M. Como as condições do mercado de trabalho influenci-am as transições do desemprego para o emprego? Texto para discussão, Rio de Janeiro, jul. 2019. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/9337. Acesso em: 22 nov. 2019.
Ruas RMS, et al. Caça, captura e uso da fauna silvestre no brasil como crimes ambientais e tabu científico: reflexão so-bre categorias teórica. 2017. HOLOS, Rio Grande do Norte, v. 5, p. 27- 369, 2017.
Santos SL, Alves RRN, Mendonça LET. Fauna Silvestre Utilizada em Comunidades Rurais no Semiárido Paraibano. Biodiversidade Brasileira. v.8, n.2, p.149-162, 2018. https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v8i2.733
Santos SL. Atividade de caça em áreas rurais do município de Taperoá-PB: caracterização e usos da fauna silvestre. 2017. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Etnobiologia). Universidade Estadual da Paraíba, Paraíba.
Scaramuzzi I. Arte de “arremedar”: atos de criação entre hu-manos e animais no Alto Trombetas (Pará, Brasil). Etno-gráfica. v.23, n.1, p.69-86, 2019.
Sousa LR, Rodrigues AAF. Composição da avifauna nos períodos de estiagem e chuvoso na Baixada Maranhense, Maranhão, Brasil. Atualidades Ornitológicas, Ivaiporã, n.209, 2019.
Sick H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Telino Júnior WR, Azevedo Júnior SM, Neves RML. Biolo-gia e censo de Porphyrula mar-tinica, Gallinula chloropus e Jacana jacana em Dois Irmãos, Pernambuco, Brasil. Lundia-na: International Journal of Biodiversity, v.4, n.1, p.43-49, 2003. https://doi.org/10.35699/2675-5327.2003.21834
Titan RF. (In)segurança jurídica animal: a necessidade de um procedimento penal especial para os crimes contra a fauna brasileira. In: Congresso Mundial de Bioética e Direito Animal, 7., 2020, Cuiabá. Anais [...]. Cuiabá: Instituto Abo-licionista Animal, 2020. p.981-998.
Turci LC, Damaceno AB, Ortega GP, Turci LCB. Uso da caça de subsistência no assentamento Santa Luzia, Cruzeiro do sul, Acre. Pubvet, v. 13, n. 02, 2019. https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n2a262.1-8
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Sâmia Marília Câmara Lopes, Cleverson Danrley Cruz Dias, Hellen José Daiane Alves Reis
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Copyright (c) 2024 - Journal of Biotechnology and Biodiversity
Esta obra está bajo una Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la LicenciaCreative Commons Attribution (CC BY 4.0 en el link http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/) que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
A los autores se les permite, y son estimulados, a publicar y distribuir su trabajo online (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar alteraciones productivas, bien como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (disponible en El Efecto del Acceso Libre en el link http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).
