Diferentes concentrações de ácido naftalenoacético no estabelecimento in vitro de mandioca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n4.martins

Palavras-chave:

micropropagação, Manihot esculenta, fitorreguladores

Resumo

A cultura da mandioca apresenta alta relevância socioeconômica para o Brasil. Entretanto, na região Oeste do Pará, a disseminação de pragas e doenças, entre outros fatores, tem limitado a produção de raízes. Desta forma, a micropropagação torna-se uma alternativa aos métodos tradicionais de cultivo para a obtenção de material com qualidade fitossanitária. Objetivou-se neste estudovaliar o efeito de diferentes concentrações de ácido naftalenoacético (ANA) no estabelecimento in vitro de ápices caulinares de mandioca da variedade Água Morna. Os ápices caulinares foram introduzidos em meio MS, suplementado com 0,04 mg L‑1 de 6-benzilaminopurina, 0,05 mg L‑1 de ácido giberélico e diferentes concentrações de ANA (0,00 mg L-1; 0,01 mg L-1; 0,02 mg L‑1 e 0,03 mg L-1). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, contendo cinco repetições de cinco tubos cada. Ao longo de 30 dias, avaliou-se a altura das plântulas, número de folhas verdes e mortas, números de raízes e o comprimento da maior raiz. As plântulas apresentaram valores médios de 1,51 cm de altura, 1,51 folhas verdes, 1,67 raízes e 1,31 cm de comprimento da maior raiz. O tratamento controle proporcionou o menor número de folhas mortas, cuja média foi de 0,52 folhas. Não houve diferenças significativas entre as concentrações de ANA para as demais variáveis analisadas, exceto para número de folhas mortas. Portanto, o estabelecimento in vitro da mandioca variedade Água Morna foi eficiente em todos os tratamentos, podendo o meio de cultura isento de reguladores de crescimento ser empregado.

Referências

Alves RNB, Modesto Júnior MS, Andrade ACS. O trio da produtividade na cultura da mandioca estudo de caso de adoção de tecnologias na região no Baixo Tocantins, Estado do Pará. Congresso da associação brasileira das instituições de pesquisa tecnológica. Campina Grande, PB. 2008.

Boas SAV, Hohenfeld CS, Oliveira SAS, Santos VS, Oliveira EJ. Sources of resistance to cassava root rot caused by Fusarium spp.: A genotypic approach. Springer Nether-lands. Euphytica, v.209, n.1, p.237–251, 2016.

Cid LPB, Teixeira JB. Explante, meio nutritivo, luz e tempera-tura. In: CID, LPB. Cultivo in vitro de plantas. 3. ed. Ampl. - Brasília, DF: Embrapa, p.17-51, 2014.

Faye A, Sagna M, Kane PD, Sane D. Effects of different hormones on organogenesis in vitro of some varieties of cassava (Manihot esculenta Crantz) grown in Senegal. Afri-can Jounal of Plant Science, v.9, p.305-312, 2015.

Ferreira CF. Molecular characterization of cassava (Manihot esculenta Cranz) with. Ferreira, Daniel Furtado. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnolo-gia (UFLA), v.35, n.6, p.1039-1042, 2014.

Fialho JF, Vieira EA. Mandioca no Cerrado: Orientações técnicas. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados. p.208, 2011.

Guimarães DG, Prates CJN, Cardoso AD. et al. Caracteriza-ção morfológica de genótipos de mandioca (Manihot escu-lenta Crantz). Scientia Plena, v.13, n.09, p.1-11, 2017.

Hartmann HT. et al. Plant propagation: principles and practic-es. New Jersey: Prentice-Hall, 7.ed. 880p. 2002.

Hora RAC, Souza AS, Silveira MS et al. Micropropagação de genótipos de mandioca via microestacas oriundas de diferen-tes posições da planta. In: Jornada Científica. EMBRAPA e fruticultura. 2015.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística / Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA. Área colhida, área plantada e produção, por ano da safra e produto das la-vouras. 2018. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1612#resultado>. Acesso em 16 de março de 2018.

Kabir MH, Mamun ANK, Roy PK, Islam MR, Johan MT, Talukder SU. In vitro propagation of cassava (Manihot esculenta Crantz). Nuclear science and applications, v.24, n.1&2, p.23-28, 2015.

Kidulile CE, Alakonya AE, Ndunguru JA, Ateka EM. Cost effective medium for in vitro propagation of Tanzanian cas-sava landraces. African Journal of Biotechnology, v.17, p.787-794, 2018.

Murashige T, Skoog FA. A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue culture. Physiologia Plantarum, v.15, p.473-497, 1962.

Saravanan R, Ravi V, Stephen R, Thajudhin S, George J. Post-harvest physiological deterioration of cassava (Manihot esculenta) – A review. Indian Journal of Agricultural Scien-ces, p.1383-1390, 2016.

Silva S, Ferreira FF, Gato AMG. Efeitos de diferentes concen-trações de 6-Benzilaminopurina no cultivo in vitro de Mani-hot esculenta Crantz. Scientia Amazonia, v.4, p.105-111, 2015.

Skoog F, Miller CO. Chemical regulation of growth and organ formation in plant tissues cultured in vitro. Symposium for the Society Experimental Biology, v.11, p.118-131, 1957.

Soares IA, Téo MS, Debastiani C, Retuci VS, Baroni, S. Concentrado proteico obtido das folhas de mandioca (Mani-hot esculenta Crantz) de três variedades de comerciais. Acta Ambiental Catarinense, v.13, p.1-7, 2016.

Souza, A. da S. (Ed.); Junghans TG. Aspectos práticos da micropropagação de plantas. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, p.407, 2013.

Vidal AM. Micropropagação e embriogênese somática em variedades cultivadas de mandioca. Ano de obtenção:2009. 59p. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias) – Uni-versidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas.

Downloads

Publicado

11-10-2020

Como Citar

Martins, E. S. M., Costa, T. P. D., Freitas Sia, E. de, & Rodrigues, R. R. (2020). Diferentes concentrações de ácido naftalenoacético no estabelecimento in vitro de mandioca. Journal of Biotechnology and Biodiversity, 8(4), 246–250. https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n4.martins