O Papel da Escola: A Psicologia Histórico-Cultural como Aliada na Educação
DOI:
https://doi.org/10.20873/RELPE.2447-6293.e202313Palavras-chave:
Educação; Psicologia; Psicologia Histórico-Cultural; Escolas; Aprendizagem.Resumo
O presente artigo tem por objetivo abordar as contribuições da Psicologia Histórico-Cultural para a educação, com ênfase no desenvolvimento humano por meio da cultura e as práticas pedagógicas formadoras de pessoas obtusas ou de pessoas com capacidade de julgamento, explanando também sobre a dialética envolvida nas três dimensões: Universal, Particular e Singular. Como método foi utilizado revisão sistemática de literatura em bases de periódicos nacionais e livros, durante o mês de Dezembro/2020, como critério de seleção, foram selecionadas produções literárias que abordassem a temática da Psicologia Histórico-Cultural e suas contribuições para a educação, desenvolvimento do psiquismo e desenvolvimento humano. Os resultados apontaram que a capacidade de inteligência é desenvolvida pelas experiências culturais e históricas do indivíduo ao longo da vida, pois o sujeito é o tempo todo ativo nesse processo de transformação, modifica o ambiente e também é modificado por ele, sendo os processos sociais importantes para o desenvolvimento de suas capacidades. Além disso, as escolas seguem o modelo capitalista de produção da vida, afinal também estão inseridas nesse contexto, por meio de suas práticas pedagógicas, formam indivíduos obtusos e sem capacidade de julgamento, não utilizam práticas que promovem o pensar e o julgar. Suas práticas não estão relacionadas com as experiências reais dos alunos, indo na contramão da maneira como a ciência é feita e totalmente excluída da cultura na qual as crianças estão inseridas. Por fim, conclui-se que esses aspectos promovidos pelas escolas mantém um tipo de violência, pois não permitem que o indivíduo se desenvolva plenamente.
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