O CHOQUE COMO NOVA ESSÊNCIA DA OBRA DE ARTE E SUPERAÇÃO DA MONOCULTURA DO SABER EM CORALINE E CORALINE E O MUNDO SECRETO

THE SHOCK AS A NEW ESSENCE OF THE WORK OF ART AND OVERCOME OF THE MONOCULTURE OF THE SCIENTIFIC KNOWLEDGE IN CORALINE (2003) AND CORALINE (2009)

Resumo

A literatura infantojuvenil ecoa de diversos modos na sociedade pós-moderna e parte da resposta às obras se dá também pela sua relação com a produção cinematográfica de adaptações. Uma nuance bem forte dessas interpretações corresponde à menorização da literatura e mais ainda das traduções intermidiáticas. As obras que escolhemos para a nossa análise sofrem triplo ataque, primeiro por Coraline (Gaiman, 2002) ser, claramente, uma obra infantojuvenil, depois, por ter se tornado um best-seller e, por último, pela sua adaptação, Coraline e o mundo secreto (2012), ser em stop-motion. Assim, nossos objetivos partiram do tratamento da literatura infantojuvenil como uma categoria cuja menorização advém da monocultura do saber, nas palavras de Boaventura de Sousa Santos, bem como defender as características insólitas das obras a partir de Tzvetan Todorov e, por fim, tratar da essência da arte na pós-modernidade segundo os conceitos de shock e stoss, propostos por Benjamin e Heidegger (Vattimo, 1989).