Ensino, narrativa e saúde docente
relatos de casos de professores da rede pública de ensino de São Paulo
Mots-clés :
Tradição oral; Literatura afro-brasileira; Inserção; Mãe Beata de YemonjáRésumé
Este estudo pretende analisar as narrativas de docentes acometidos por patologias durante a prática laboral, além de debater sobre a relação que o professor faz da rotina escolar com as doenças adquiridas. O objetivo é avaliar, a partir das entrevistas realizadas, a forma de pensar do professor frente a sua profissão e entender a analogia estabelecida pelo educador entre fé e cura com base nas doenças relatadas durante as entrevistas coletadas, bem como entender como esse processo influencia no processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa adotou uma metodologia qualitativa, buscando analisar e interpretar o discurso dos professores à luz das ideias de Paul Ricouer (1995), Davi Arrigucci Junior (1998), José Carlos Sebe Bom Meihy (2015), Cláudia Murta (2002), dentre outros especialistas no assunto. Contrói-se aqui a hipótese de que o cotidiano escolar pode promover significativas implicações na saúde do professor. As histórias revelam as experiências vividas pelos docentes em situações de conflito no âmbito escolar, enfraquecimento psíquico e tratamento clínico para os distúrbios de saúde relatados.
Références
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FONTES ORAIS:
Entrevista: Professora 1 (áudio digital). Produção: ALVES-GARBIM, Juliana Franco. Osasco, São Paulo, 2015. 60 min. (aprox.).
Entrevista: Professor 2 (áudio digital). Produção: ALVES-GARBIM, Juliana Franco. Osasco, São Paulo, 2015. 60 min. (aprox.).
Entrevista: Professora 3 (áudio digital). Produção: ALVES-GARBIM, Juliana Franco. Osasco, São Paulo, 2015. 60 min. (aprox.).
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