A República Nada Serena de Machado de Assis

Autores

  • Patrícia Andréa Borges Instituto de Estudos da Linguagem - Unicamp/ Mestrado em Linguística

Resumo

O propósito neste artigo é percorrer o conto A Sereníssima República (publicado em 20 de agosto de 1882, na Gazeta de Notícias), procurando estabelecer alguns pontos com o livro Papéis Avulsos, no qual ele se insere e dialoga com os outros contos, publicados no mesmo ano. Este livro marca a importância da incursão de Machado na denominação realista, sendo para alguns críticos um marco no que tange aos seus contos realistas. Os textos que compõem este livro têm cunho mais críticos à sociedade brasileira do século XIX e toda a sua estrutura sócio-político-econômico. O conto perpassa pelas dificuldades de se estabelecer um novo modo de governo, no caso, o sistema republicano que se insere no Brasil, para o qual Machado não é “muito fã”, por isso “tece” toda sua “teia” de críticas, alertando às suas imperfeições e às corrupções, as quais, principalmente hoje, são tão modernas e evidentes à sociedade brasileira.

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Publicado

2019-08-05

Como Citar

Borges, P. A. (2019). A República Nada Serena de Machado de Assis. Porto Das Letras, 5(2), 7–22. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/6557

Edição

Seção

ESTUDOS DA LINGUAGEM

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