Formando professores para o ensino crítico de línguas

Autores/as

Resumen

Neste artigo, discuto no que consiste a formação crítica de professores e o ensino crítico de línguas a partir de dados coletados durante uma experiência em um componente curricular denominado Projeto Interdisciplinar, de um Curso de Letras: inglês e literaturas de língua inglesa de uma universidade federal mineira. Apoio-me em autores como Duboc (2018), Mastrella-de-Andrade e Pessoa (2019) e Monte Mór (2018), que adotam perspectivas críticas acerca da formação de professores de línguas. Analiso atividades desenvolvidas com alunos de ensino médio em uma escola da rede estadual de educação e reflito em que sentido acredito que essas puderam contribuir para ensejar uma formação crítica de professores e um ensino crítico de língua inglesa na escola pública, compartilhando minhas inquietações, inseguranças e (des)aprendizagens como professora formadora. Finalizo o artigo com ressignicações possibilitadas com o projeto no que diz respeito à relação escola-universidade, à formação de professores de inglês e os propósitos de ensinar a língua inglesa na escola pública.

Palavras-chave: formação crítica de professores; letramento crítico; ensino de língua inglesa; escola pública.

Citas

AJAYI, L. Meaning-making, multimodal representation, and transformative pedagogy: an exploration of meaning construction instructional practices in an ESL high school classroom. Journal of language, identity and education, v. 7, p. 206-229, 2008.
BIESTA, G. Good education: what it is and why we need it. Inaugural lecture. The Stirling Institute of Education, Univeristy of Stirling, 2009. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/242597554/Biesta-2009-Good-Education-What-It-is-and-Why-We-Need-It. Acesso em: 22 de set. 2017.
CONTI, L.F.D.; MASTRELLA-DE-ANDRADE, M.R. Escola e universidade para a construção de saberes: uma pesquisa-ação sobre desigualdade social em aulas de línguas. In: MASTRELLA-DE-ANDRADE, M.R. (org.). (De)colonialidades na relação escola-universidade para a formação de professoras(es) de línguas. Campinas: Pontes, 2020, p. 21-53.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 81-108.
DUBOC, A.P. Lendo a mim mesma enquanto aprendo com e ensino o outro. In: PESSOA, R.R.; SILVESTRE, V.P.V.; MONTE MÓR, W. (org.). Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras/es universitárias/os de inglês. São Paulo: Pá de Palavra, 2018, p. 11-24.
GARCIA, A.; LUKE, A.; SEGLEM, R. Looking at the next 20 years of multiliteracies: a discussion with Allan Luke. Theory into practice, v. 57, p. 72-78, 2018.
MATTOS, A.M.A.; JUCÁ, L.C.V.; JORGE, M.L.S. Formação crítica de professores: por um ensino de línguas socialmente responsável. Pensares em Revista, n. 15, p. 64-91, 2019.
MASTRELLA-DE-ANDRADE, M.R..; PESSOA, R.R. A critical, decolonial glance at language teacher education in Brazil: on being prepared to teach. D.E.L.T.A., v. 35, n. 3, p. 1-28, 2019.
MONTE MÓR, W. Letramentos críticos e expansão de perspectivas: diálogo sobre práticas. In: JORDÃO, C.M.; MARTINEZ, J.Z.; MONTE MÓR, W. (org.). Letramentos em prática na formação inicial de professores de inglês. Campinas: Pontes, 2018a, p. 315-335.
MONTE MÓR, W. Sobre rupturas e expansão na visão de mundo: seguindo as pegadas e os rastros da formação crítica. In: PESSOA, R.R.; SILVESTRE, V.P.V.; MONTE MÓR, W. (org.). Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras/es universitárias/os de inglês. São Paulo: Pá de Palavra, 2018b, p. 263-276.
MORGAN, B. Fostering conceptual roles for change: identity and agency in ESEA teacher preparation. Kritica Kultura, v.15, p. 34-55, 2010.
PENNYCOOK, A. Language as a local practice. London; New York: Routledge, 2010.
PÔRTO, W.A.A.; MASTRELLA-DE-ANDRADE, M. R. Estudos identitários e formação crítica de professores/as de línguas: decolonizando práticas e enfrentando desafios. Domínios de linguagem, v. 14, n. 3, p. 1-29, 2020.
RAMOS, R.C.G. Gêneros textuais: uma proposta de aplicação em cursos de inglês para fins específicos. The ESPecialist, v. 25, n. 2, p. 107-129, 2004.

ROCHA, C.H. Memórias e histórias de uma professora de inglês: por entre reflexões e vivências do letramento crítico. In: PESSOA, R.R.; SILVESTRE, V.P.V.; MONTE MÓR, W. (org.). Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras/es universitárias/os de inglês. São Paulo: Pá de Palavra, 2018, p. 81-92.
SILVA, S.B. Educação linguística crítica, protagonismo e mobilidade: caminhos para viver a língua inglesa. In: PESSOA, R.R.; SILVESTRE, V.P.V.; MONTE MÓR, W. (org.). Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras/es universitárias/os de inglês. São Paulo: Pá de Palavra, 2018, p.211-222.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Instituto de Letras e Linguística. Projeto pedagógico do Curso de Graduação em Letras: inglês e literaturas de língua inglesa. [Uberlândia: UFU], 2017.

Publicado

2022-07-21

Cómo citar

Costa Ribas, F. (2022). Formando professores para o ensino crítico de línguas. Porto Das Letras, 8(3), 9–33. Recuperado a partir de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/13460