ESCREVIVÊNCIA – A CONCEPT IN EXPANSION

Authors

  • Marcelo de Jesus de Oliveira Universidade Federal do Tocantins https://orcid.org/0000-0003-0981-2737
  • Juliano Casimiro de Camargo Sampaio Universidade Federal do Tocantins - UFT

Keywords:

Escrevivência; expansion; human and social sciences.

Abstract

The term escrevivência appears between the years 1994 and 1995, with an Afro-Brazilian writer as a precursor. In the field of literature, the space that is initially represented as the background for the emergence of the respective notion, it emerged with the main objective of erasing the role attributed to black women in the course of slavery in Brazil, as well as to subvert the system that hinders and invisibilizes literary productions by women belonging to the popular classes. However, the term has gradually expanded after its mediatization, becoming the object of research by scholars from different fields of knowledge. Therefore, the aim of this paper is to analyze how this concept has expanded in the human and social sciences. To this end, by means of a bibliographical research, eight (8) works published between 2002 and 2019 were analyzed, in order to identify the ramifications of the original expression. Thus, the theoretical framework was built from the foundations of Oliveira (2018); Silva (2002); Soares (2017); Almeida (2018), Busko (2019), among others. In light of this, it was concluded that although this concept was spread (in) consciously by the author between 1994 to 1995 to name the writing craft of black women, in contemporary studies this expression has been broadening in a comprehensive manner, subsidizing, therefore, new research, especially in the field of humanities and social sciences, which, in turn, recognizes it as a space promoting political, ethnic, and gender discussions.

Author Biographies

Marcelo de Jesus de Oliveira, Universidade Federal do Tocantins

Doutorando em Letras: Linguagens e Representações, na linha de pesquisa Literatura e Interfaces, pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC (2022-2026); mestre em Letras, na linha de pesquisa Literatura, História e Imaginário, pela Universidade Federal do Tocantins - UFT (2019-2021); especialista em Literatura Contemporânea, pela Faculdade Mantenense dos Vales Gerais - INTERVALE (2020) e Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Arte, pela Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI (2020) e licenciado em Letras Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas da Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL (2016-2020). Atualmente, é membro do Grupo de Pesquisa em História e Literatura (GEHISLIST/PUC-Minas); GPAFRO-Grupo de Pesquisa Literatura, História e Cultura: Encruzilhadas Epistemológicas (UESC) e Ensino da Leitura, Escrita e Formação Docente (GELEF/UFMA). 

Juliano Casimiro de Camargo Sampaio, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Pós-doutor em Educação (UNICAMP - CORPO-TEMPORALIDADE: a intuição como conhecimento no ensino de teatro), Pós-Doutor (INTENCIONALIDADE E AFETIVIDADE - A paisagem corporal-pessoal nos processos de construção de conhecimento no contexto de experiências corporais-estéticas), Doutor (AS ARTES CÊNICAS E O CONSTRUTIVISMO SEMIÓTICO-CULTURAL EM PSICOLOGIA - diálogos a partir da experiência corporal-estética em Composição Poética Cênica) e Mestre (DRAMATURGIAS CONSENSUAIS - a interação verbal no ato criativo) em Psicologia, pelo Instituto de Psicologia da USP; Bacharel em Artes Cênicas, pela UNICAMP; Licenciado em Teatro (Mozarteum); é professor adjunto em regime de dedicação exclusiva do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e professor permanente do Mestrado em Letras (Porto Nacional) da mesma universidade. Coordenador do CONAC (Grupo de pesquisa em Composição Poética Cênica, Narratividade e Construção de Conhecimento - CNPq/Brasil); foi presidente do Instituto de Arte e Cultura (UFT); responde como Diretor Artístico-Pedagógico do Eu-Outro Núcleo de Pesquisa Cênica (Tatuí-São Paulo - desde 2010), e como pesquisador do Laboratório de Interação Verbal e Construção de Conhecimento (IP/USP - desde 2008). Desenvolve pesquisas nas fronteiras entre as Artes Cênicas, a Psicologia (Construtivismo Semiótico-Cultural) e a Educação (em uma perspectiva filosófico-cultural), tomando como temas de interesse: Corporeidade, Composição Poética Cênica, Narrativa de Criação, Construção de Conhecimento e Desenvolvimento Afetivo-Cognitivo Humano. É vice-presidente da Federação de Arte Educadores do Brasil (FAEB).

References

ALMEIDA, Arthur Gomes. A história de a.: escrevivências de um aluno cotista negro no curso de psicologia da ufrgs. 2018, 83f. Monografia (Graduação em Psicologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2017.
BISPO, V. N.; SANTOS, E. DE J. Leci e Januário: escrevivências negras contemporâneas na música e fotografia. Idéias, v. 8, n. 2, p. 83-112, 15 dez. 2017.
BUSKO, Paula. Escrevivências Decoloniais: o Movimento do Feminismo Agroecológico como um Modelo de Educação Informal no Vale do Ribeira (SP). Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, v. 20, n. 3, 2019.
EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. 3ª edição. Rio de Janeiro: Editora Pallas, 2017.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 2012
OLIVEIRA, Célia. Escrevivências e reflexões sobre práticas Pedagógicas nas ações para as relações Étnicorraciais. In: V Colóquio Internacional Educação Cidadania e Exclusão, V, 2018, Niterói. Anais... Rio de Janeiro: UFF, 2018. p. 1-9. Disponível em: <http://www.editorarealize.com.br/revistas/ceduce/trabalhos>. Acesso em: 04 jan. 2020.
OLIVEIRA, L. "Escrevivência" em Becos da memória, de Conceição Evaristo. Rev. Estud. Fem. Florianópolis, v. 17, n. 2, p. 621-623, ago. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2009000200019&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 fev. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2009000200019.
PRADO, A. A. O. Escrita feminina na obra de Rachel de Queiroz: feminismo, autoficção e escrevivência em Dôra, Doralina e Memorial de Maria Moura. 2019, 101f. Dissertação (Mestrado em Letras: Cultura, Educação e Linguagens) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Vitória da Conquista, 2019.
SILVA, Vilma Nunes da. Os brutos: escrevivência de um escritor de província. Revista da Faculdade do Seridó, v. 1. n. 0, p. 1-14, 2006.
SOARES, Lissandra Vieira. Escrevivências sobre mulheres negras acompanhadas pela proteção social básica – uma perspectiva interseccional. 2017, 123f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social e Institucional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2017.
SOARES, Lissandra Vieira; MACHADO, Paula Sandrine. "Escrevivências" como ferramenta metodológica na produção de conhecimento em Psicologia Social. Revista Psicologia Política, v. 17, n. 39, p. 203-219, 2017.

Published

2022-12-23

How to Cite

Oliveira, M. de J. de, & Sampaio, J. C. de C. (2022). ESCREVIVÊNCIA – A CONCEPT IN EXPANSION. Porto Das Letras, 8(4), 273–290. Retrieved from https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/11837