Ensino de Línguas, Imperialismo Linguístico e a Reforma do Ensino Médio no Brasil

Autores

  • João Carlos Botelho Universidade Federal do Tocantins
  • Carlos Roberto Ludwig Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.20873.22017

Palavras-chave:

Imperialismo Linguístico, Reforma do Ensino Médio, Línguas Minoritárias, Ensino de Línguas

Resumo

Esse artigo discute a reforma do ensino médio, em particular os possíveis impactos que a da reforma do ensino médio têm sobre o ensino de línguas. Analisamos o impacto que a reforma tem sobre o ensino de língua estrangeira (LE) e segunda língua (SL) e línguas minoritárias. Quando se coloca em discussão a reforma do ensino médio, deve-se pensar também nas línguas minoritárias do Brasil, como as línguas indígenas e a Libras, as línguas dos descendentes de imigrantes, como o alemão, o italiano, o polonês, bem como o francês ensinado nas proximidades da região da Guiana Francesa. Nesse sentido, é premente a necessidade de discutirmos o perigo da reforma do ensino médio em termos de homogeneização e desvalorização de línguas minoritárias no Brasil.

Biografia do Autor

João Carlos Botelho, Universidade Federal do Tocantins

Mestre em Letras pela Universidade Federal do Tocantins.

Carlos Roberto Ludwig, Universidade Federal do Tocantins

Graduado em Letras pela UFSM. Mestre e Doutor em Letras pela UFRGS. Docente do Curso de Letras: Libras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFT. E-mail: carlosletras@uft.edu.br

Referências

BHABHA, Homi K. O Local da cultura. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2001.

BOHN, H. I. (2003). The educational role and status of English in Brazil. World Englishes, vol. 22, no. 02, p. 159-172.

BRASIL. Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016. Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 de setembro 2016, Seção 1,

CALVET, L.-J. Sociolinguística: uma introdução crítica. São Paulo: Parábola, 2002.

LAGARES, X. C.; BAGNO, M. (Orgs.). Políticas da Norma e Conflitos Linguísticos. São Paulo: Parábola, 2011.

PENNYCOOK, A. English and the discourses of colonialism. London: Routledge, 1998.

PHILLIPSON, R. Linguistic Imperialism. Oxford. Oxford University Press. 1992

PHILLIPSON, R.. Linguicism: structures and ideologies in linguistic imperialism. In J. Cummins and T. Skutnabb-Kangas (eds.), Minority Education: From Shame to Struggle. Avon: Multilingual Matters. 1988

RAJAGOPALAN, K. Por uma lingüística crítica. Linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.

SCHWEITZER, Claudia. La prosodie chez les auteurs français de l’Âge classique (XVIe - XVIIIe siècle : Quelle langue ?. Porto das Letras, [S. l.], v. 6, n. 5, p. 16–32, 2020.

SOARES, Thiago Barbosa. A semiótica do herói: A conflagração do caminho ascendente de Son Goku. Porto das Letras, [S. l.], v. 6, n. especial, p. 113–128, 2020.

Downloads

Publicado

2022-09-29

Como Citar

Botelho, J. C., & Ludwig, C. R. (2022). Ensino de Línguas, Imperialismo Linguístico e a Reforma do Ensino Médio no Brasil. Porto Das Letras, 8(2), s22017. https://doi.org/10.20873.22017

Edição

Seção

SEÇÃO LIVRE