Esta é uma versão desatualizada publicada em 2024-05-19. Leia a versão mais recente.

O TEXTO MULTIMODAL NO ENSINO MÉDIO

EXPERIÊNCIAS COM INTERPRETAÇÃO DE CHARGES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/10.20873-2024-31987-st

Resumo

O presente trabalho partiu de uma inquietação sobre o uso de textos multimodais no Ensino Médio: Como se processam o entendimento e a análise crítica dos estudantes em relação às charges, tão presentes nos exames nacionais e nos livros didáticos? Como fazem a leitura desse gênero textual considerando os aspectos que envolvem a produção e o contexto? O objetivo principal era estabelecer um parâmetro de interpretação de charges a partir da interação sociocultural dos estudantes, ao tempo que aparecessem os elementos estruturantes da interpretação: o discurso, o enunciado e a análise da construção pragmática do texto. A metodologia utilizada, além da revisão da literatura, buscou contemplar textos acessados pelos estudantes (livros didáticos e exames nacionais), para, em seguida, aplicar atividades de interpretação aos estudantes do último ano do EM. Constatou-se que as questões relativas aos gêneros discursivos contribuem no desenvolvimento de atividades mais lúdicas e os alunos fazem-nas com prazer. Esse estudo procurou intervir na situação por meio dos estudos da linguagem, de forma a possibilitar o avanço no processo ensino-aprendizagem, pois, além do humor, a charge traz a partir da multimodalidade textual uma mensagem crítica de uma situação social.

Biografia do Autor

Roberto Remígio Florêncio, IF Sertão Pernambucano

Doutorando em Educação (Universidade Federal da Bahia - UFBA); Mestre em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos  (Universidade do Estado da Bahia - UNEB); Licenciado em Letras (Universidade de Pernambuco - UPE) e em Pedagogia (Universidade do Estado da Bahia - UNEB); Professor do Instituto Federal do Sertão Pernambucano. 

Maria Marli Melo Neto , IF Sertão Pernambucano

Mestra em Educação pela Universidade Federal da Bahia - Faculdade de Educação (2018). Especialista em Língua Portuguesa pela Universidade de Pernambuco - Faculdade de Formação de Professores de Petrolina (1999) - FFPP. Graduada em Letras pela Universidade de Pernambuco - FFPP (1986). Professora EBTT efetiva de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sertão-PE (IF SERTÃO-PE), Campus Petrolina Zona Rural. 

Paulo Garcez Leães, IF Sertão Pernambucano

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2005). Especialização em Psicopedagogia Institucional pela Universidade Castelo Branco (2007) e Psicopedagogia Clínica pela Portal Faculdades (2008) - Mestrado Profissional em Educação pela Universidade de Pernambuco (2017). Doutorado em andamento (2019), Atua como Pedagogo no Instituto Federal Sertão Pernambucano - Campus Salgueiro.

Gleiciana Sousa da Silva Baracho Albuquerque, IF Sertão Pernambucano

Mestra em Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Letras (2017), da Universidade Federal de Pernambuco. Possui graduação em Letras Português/Inglês pela mesma universidade (2006) e Especialização em Linguística Aplicada ao Ensino da Língua Inglesa na FAFIRE (2009) . Bolsista Fullbright (2018) Curso : Language , Culture and Teaching Methodolody - University of Missouri - Kansas City. Professora efetiva de Língua Inglesa do IF Sertão PE - Campus Petrolina Zona Rural. 

Referências

BAKHTIN, M. (1979). Estética da criação verbal. Tradução do francês por Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BAKHTIN, M.; VOLOSHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 2004.

BENTO, A. Como fazer uma revisão da literatura: Considerações teóricas e práticas. Revista JA (Associação Académica da Universidade da Madeira), v. 7, n. 65, p. 42-44, 2012.

BRAIT, B.; MELO, R. Enunciação/enunciado concreto/enunciação. Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, p. 61-78, 2005.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino da Língua Estrangeira. Ministério da Educação. Brasília, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio, parte II – linguagens, códigos e suas tecnologias. 2000a.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 2000b.

CAMELINO, A. C.; TAFFARELLO, M. C.; LIMA, G. O.; RAMOS, P. P. Texto multimodal em práticas de ensino. In MARQUES, S. C.; PAULIUSKONIS, A. L.; ELIAS, V. M. Linguística textual e ensino. São Paulo: ed. Contexto 2017 (p. 147-163).

DIONÍSIO, A. P. Multimodalidade discursiva na atividade oral e escrita (atividades). In: MARCUSCHI, L. A.; DIONÍSIO, A. P. (Org.). Fala e Escrita. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

DIONÍSIO, A. P. Gêneros Textuais e Multimodalidade. In: KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (Org.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

FLORÊNCIO, R. R. Interpretação de Textos Literários a partir de Análises Isoladas. Revista Ícone de Letras. ISSN 1982-7717, vol. 22, número 1, 2022.

KRESS, G; VAN LEEUWEN, T. Reading images: the grammar of the design visual. London: Routledge, 1996, 2006.

KRESS, G; VAN LEEUWEN, T. Multimodal Discourse: The modesand media ofcontemporary communication. New York: Oxford Press, 2001.

OLIVEIRA, M. H; SILVA, M. H. A; CARVALHO, F. R. P. Leitura e multimodalidade: trabalhando a construção de sentidos no gênero charge. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 04, n. 01, p. 75-90, jan./jun. 2015.

PEIXOTO, T. S.; LÊDO, A. C. Gêneros digitais: possibilidades de interação no Orkut. III Encontro Nacional sobre Hipertexto. Belo Horizonte, MG – 29 a 31 de outubro de 2009.

ROJO, R. H. R. Gêneros do discurso e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In.: MEURER, J.L., BONINI, A. e MOTTA-ROTH, D. (Orgs). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005. P. 184-207.

SILVA, F. P. Mídia e produção de sentidos: das traquinices que povoam o enunciado. OLIVEIRA, Maria Bernadete Fernandes de. ALVES, Maria da Penha Casado. SILVA, 2008.

SILVA, H. M. F. Q.; BONILLA, M. H. S.; FLORÊNCIO, R. R. Práticas de Multiletramento: uma realidade ainda distante nas escolas contemporâneas. Revista Entreideias, UFBA, ISSN 2317-1219, vol. 9, nº 1, p. 5-64, jan/abr, Salvador, 2020.

SILVINO, F. F. Letramento Visual. In: Anais dos Seminários Teóricos Interdisciplinares do SEMIOTEC – I STIS, 2012.

SPERANDIO, N. E. Multimodalidade e processamento metafórico em um texto digital: abordando o sentido a partir da interação entre o verbal e o imagético. Revista digital Hipertextus v. 01. Recife, 2012.

Downloads

Publicado

2024-05-19

Versões

Como Citar

Florêncio, R. R., Melo Neto , M. M., Leães, P. G., & Albuquerque, G. S. da S. B. (2024). O TEXTO MULTIMODAL NO ENSINO MÉDIO: EXPERIÊNCIAS COM INTERPRETAÇÃO DE CHARGES. Porto Das Letras, 10(1), 323–337. https://doi.org/10.20873/10.20873-2024-31987-st