Antropoceno literário
A poética da destruição de Milton Hatoum
DOI:
https://doi.org/10.20873.24e14Resumo
Um dos traços estilísticos de Milton Hatoum é o esfacelamento de memórias evocadas mediante o retorno ao passado. Assim, seleciono como objeto de análise a primeira publicação do autor, sua participação em Amazonas - Palavras e Imagens de um Rio Entre Ruínas (1979). A vertente de produção literária serve como instrumento para pensar a destruição como fator de mudanças percebidas no meio estético. Para isso, refletir sobre as ruínas de um norte em processo de modificação requer a revisita aos textos de Walter Benjamin (1928; 1984), de Susana Scramim (2000; 2010) e de Sonia Torres (2017; 2020). Mediante a delimitação dos pontos norteadores, percebo, de antemão, que a poesia de Hatoum remonta as catástrofes potencializadas pela intervenção humana como fulcro de sua poesia, dando novas tonalidades aos espaços marcados, então, pelo caos que origina o trauma e delimita um ambiente esboroado, acionando o conceito do chamado Antropoceno literário. Por isso, o estudo em fase experimental, percebe a Amazônia como um dos alvos das transformações poetizadas pelo autor.
Referências
Refinamentos Adicionais
E-mail: rayniere.alvarenga@gmail.com
Titulação: Mestre em Letras: Linguística e Teoria Literária pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutorando em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
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