A Construção da Figura Materna em As Alegrias da Maternidade, de Buchi Emecheta
Resumo
Esta pesquisa se propõe a analisar a construção da figura materna africana dentro da obra As alegrias da maternidade (2017), da nigeriana Buchi Emecheta, a fim de demonstrar - por meio da contrução da personagem principal, Nnu Ego - como o ideal de maternidade era imposto às mulheres igbos nigerianas,. Pretende-se evidenciar também como e porque se deu o processo de desencantamento da personagem em relação a esse modelo de maternidade. Para tanto, esse trabalho se fundamenta principalmente em Elizabeth Badinter (1985), Remi Akujobi (2011) e Simone de Beauvoir (2016), que tratam sobre a maternidade e a condição da mulher, tanto no Ocidente, quanto na África e em Válter silvério (2013) e Homi Bhabha (1998), que tratam sobre colonialidade e aspectos culturais. Assim, esse trabalho assinala alguns aspectos da imposição da maternidade como um ideal e vista como um instinto da mulher, demonstrando como a escritora ironiza e questiona, através da personagem, a maternidade, uma vez que para vivê-lo ela é submetida a opressões, dificuldades e violências, que resultam em frustrações.
Referências
BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: fatos e mitos. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
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