EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CASOS DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NO ESTADO DO TOCANTINS: MAPEAMENTO POR MUNICÍPIOS ENTRE 2008 E 2018
EVOLUTION OF THE NUMBER OF CASES OF ACUTE CHAGAS DISEASE IN THE STATE OF TOCANTINS: MAPPING BY MUNICIPALITIES BETWEEN 2008 AND 2018
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2020v7n1p22Resumo
A Doença de Chagas (DC) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda, a qual caracteriza a morbidade como Doença de Chagas Aguda (DCA), e pode ser sintomática ou não, bem como uma fase crônica. Essa é passível de se apresentar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. A DCA pode cursar com sinais moderados ou inexistentes, mas em sua fase crônica há o desenvolvimento da insuficiência cardíaca e problemas digestivos graves. Sua relevância para a saúde pública justifica-se por sua elevada prevalência e morbimortalidade, uma vez que entre 2012 e 2016 foram registrados no SINAN, Sistema de Informação de Agravos de Notificação, 19.914 casos de DCA no Brasil. Sabe-se ainda que desses, um número significativo concentra-se na região amazônica do país, com destaque para o estado do Pará e proximidades. Tendo em vista a importância da temática para estudo em epidemiologia, o objetivo do artigo é demostrar e discutir o mapeamento por municípios do número de casos da Doença de Chagas Aguda (DCA), entre 2008 e 2018, no estado do Tocantins. Para isso, foi utilizado como metodologia um estudo do tipo epidemiológico, de natureza descritiva, realizado por meio da coleta o número total de casos confirmados da Doença de Chagas Aguda, disponibilizado pelo (SINAN) do Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS). Foi obtido um total de 47 casos confirmados da DCA entre 2008 e 2018 no estado do Tocantins. Desses, 26 casos em pacientes do sexo feminino e 21 do sexo masculino. Esses se concentraram nas seguintes cidades: Ananás (11), Aparecida do Rio Negro (10) e Axixá do Tocantins (9) respectivamente. Além disso, observou-se o padrão oral de contaminação (37 possíveis casos) como maior forma de infecção em comparação a 5 casos por provável transmissão vetorial. Dessa forma, a transmissão oral da doença é expressiva e preocupante, uma vez que existem grandes desafios para o controle das vias de contaminação pela mesma. Destaca-se a necessidade de investimentos para a fiscalização do comércio de açaí, bem como a elaboração e execução de um modelo consistente de investigação epidemiológica local do comportamento da Doença de Chagas Aguda.
Palavras chave: Doença de Chagas. Epidemiologia. Saúde.
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