INCIDÊNCIA DE ÓBITOS POR MENINGITE NO BRASIL E NO TOCANTINS ENTRE 2010 E 2015
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2018v5n4p17Resumo
Introdução: A meningite é caracterizada pela inflamação das meninges, possuindo diversos fatores causais, infecciosos ou não. A etiologia viral é a mais incidente, entretanto a mais importante do ponto de vista de mortalidade é a bacteriana. Embora a região Norte do Brasil seja considerada zona endêmica de doenças infectocontagiosas, poucos são os estudos publicados que abordam fatores envolvidos na disseminação populacional desses agravos. O objetivo desse trabalho foi o estabelecimento e comparação dos coeficientes de incidência (CI) de óbitos pela doença no Brasil e Tocantins entre 2010 e 2015. Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico e transversal realizado com dados obtidos do total de notificações no SINAN, entre os períodos de 2010 a 2015. Resultados: Em 2010, no Brasil, houve 3003 casos relatados de doença meningocócica, com CI de 617 óbitos/100.000 habitantes. Já em 2015, o CI foi de 243 óbitos/100.000 habitantes. No Tocantins, em 2010, houve 62 óbitos da doença meningocócica, em 2011, 63 óbitos, em 2012, 73 óbitos, em 2013, 74 óbitos, em 2014, 71 óbitos e em 2015, 33 óbitos. Resultando, nos respectivos CI: 4,4; 4,4; 5,0; 5,0; 4,7 e 2,2 óbitos/100.000 habitantes. Discussão: Os achados apontam para uma superioridade proporcional do Brasil em relação ao Tocantins no número de casos, assim como de óbitos. Isso pode ser em detrimento, tanto de no Brasil haver regiões endêmicas e, portanto, com maior taxa de detecção, como por subnotificação no caso do Tocantins, que é um fator recorrente nos estados da região Norte do Brasil. Conclusão: o CI de óbitos por meningite no Tocantins é inferior ao do Brasil e esse CI se manteve estável no recorte temporal analisado. Este estudo sugere a importância de relatos de casos na região, além do protagonismo da eficiência dos sistemas de detecção e notificação para o planejamento do serviço assistencial.
Palavras-chave: Epidemiologia; Infecções Meningocócicas; Infectologia; Medicina Tropical; Meningite.
ABSTRACT
Introduction: Meningitis is characterized by the inflammation of the meninges, having several causal factors, infectious or not. The viral etiology is the most frequent, however the most important from the point of view of mortality is bacterial. Although the northern region of Brazil is considered an endemic area of infectious diseases, few published studies address factors involved in the dissemination of these diseases. The objective of this study was the establishment and comparison of the incidence coefficients (IC) of deaths by the disease in Brazil and Tocantins between 2010 and 2015. Material and Methods: This is an epidemiological and cross-sectional study with data obtained from total notifications in SINAN between 2010 and 2015. Results: In 2010, in Brazil, there were 3003 reported cases of meningococcal disease, with a IC of 617 deaths / 100,000 inhabitants. By 2015, the IC was 243 deaths / 100,000 inhabitants. In Tocantins, in 2010, there were 62 deaths from meningococcal disease in 2011, 63 deaths in 2012, 73 deaths in 2013, 74 deaths in 2014, 71 deaths and in 2015, 33 deaths. Resulting, in the respective ICs: 4.4; 4.4; 5.0; 5.0; 4.7 and 2.2 deaths / 100,000 inhabitants. Discussion: The findings point to a proportional superiority of Brazil in relation to Tocantins in the number of cases, as well as deaths. This may be detrimental to the fact that in Brazil there are endemic regions and, therefore, with a higher rate of detection, as by underreporting in the case of Tocantins, which is a recurring factor in the northern Brazilian states. Conclusion: The IC of meningitis deaths in Tocantins is lower than in Brazil and this IC remained stable in the temporal cut analyzed. This study suggests the importance of case reports in the region, as well as the role of the detection and notification systems for the planning of care services.
Keywords: Epidemiology; Infectious Disease Medicine; Meningitis; Meningococcal Infections; Tropical Medicine.
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