INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NA REGIÃO NORTE: ATUALIZAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA

Autores

  • Aline Almeida Liberato
  • Laís Freire Silva
  • Pedro Henrique Procópio Lobo
  • Fellipe Camargo Ferreira Dias
  • Virgílio Ribeiro Guedes

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2017v4n2p61

Resumo

As intoxicações exógenas são definidas como o conjunto de sinais e sintomas produzidos por um agente físico ou químico que interage com o organismo resultando em desequilíbrio patológico. Constituem-se um importante problema de saúde pública em todo o mundo, apesar de apresentar perfis diferentes em cada país ou região analisada. O objetivo deste trabalho é fazer um levantamento de dados a respeito das intoxicações exógenas notificadas na região Norte do Brasil, a fim de traçar o perfil epidemiológico do problema na região. Foram utilizados como base os dados oficiais obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, com referência aos anos de 2012 a 2015. Foram observados níveis de ocorrência relativamente constante ao longo dos anos estudados, bem como um predomínio dos casos no estado do Tocantins, em desproporção aos demais estados da região. Os agentes tóxicos mais frequentemente apontados foram os medicamentos, alimentos e bebidas. A intoxicação acidental foi a causa mais comum, seguida pela tentativa de suicídio. As faixas etárias com maior notificação de casos foram a de crianças entre 1 e 4 anos e adultos jovens entre 20 e 39 anos. A cura foi o desfecho predominante (77%), embora um percentual significativo (19%) tenha apresentado desfecho ignorado. Ações preventivas continuam sendo a medida mais eficaz para reduzir a incidência de intoxicações exógenas, com destaque para a educação em saúde e a instalação de serviços de apoio psicológico para acolhimento dos pacientes envolvidos em tentativas de suicídio. Além disso, o perfil epidemiológico deve ser continuamente atualizado, pois se constitui uma importante ferramenta para o planejamento de ações em saúde.               
Palavras-chave: intoxicações exógenas, epidemiologia, egião Norte, Brasil.

ABSTRACT

Exogenous intoxications are defined as the group of signs and symptoms induced by a physical or chemical agent upon interaction with the human organism resulting in some type of pathological imbalance. They represent a public health challenge in the entire world, with different traits depending on the area or country being studied. This work’s objective was to research data regarding exogenous intoxications in the Northern region of Brazil, and therefore define the epidemiological status of the region. Official data from National Notification Information System – SINAN – were the selected source, regarding years between 2012 and 2015.  Incidence levels were found to be relatively stable through the timeframe. The majority of cases occured in Tocantins State, in clear disproportion with the other States in the region. The agents more commonly involved in intoxications were medications, food and beverages. Accidental intoxication was the most prevalent cause, followed by suicide attempts. Two age groups represented the vast majority of cases: children between 1 and 4 years old, and young adults between 20 and 39 years old. Complete recovery was the most common outcome (77%), although a significant number of cases had unknown outcomes. (19%) Preventive actions are the most effective measures to reduce the incidence of exogenous intoxications, especially programs in health education and mental health programs that may follow-up on patients involved in suicide attempts. Furthermore, epidemiological profiles must be regularly updated and utilized as an auxiliary tool for planning future interventions.                                      
Keywords: exogenous intoxications, epidemiology, North Region, Brazil.

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Publicado

2017-06-20

Como Citar

Liberato, A. A., Silva, L. F., Lobo, P. H. P., Dias, F. C. F., & Guedes, V. R. (2017). INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NA REGIÃO NORTE: ATUALIZAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA. Revista De Patologia Do Tocantins, 4(2), 61–64. https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2017v4n2p61

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