PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA: a relação ambiental entre os seres humanos e os animais venenosos peçonhentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2024v10n1a16pt

Palavras-chave:

Animais peçonhentos; Ecologia Integral; Competências; Habilidades; Agenda 2030.

Resumo

As cartilhas educativas são ferramentas didáticas eficazes para a popularização da ciência e, em específico, quando o assunto são os animais venenosos peçonhentos. No geral, as cartilhas abordam os agravos sofridos pela população em decorrência dos encontros desses animais, cada vez mais frequentes, devido às modificações ambientais em decorrência do modelo de desenvolvimento adotado. Quando muito abordam as causas desses encontros, deixando de criar oportunidades para que o leitor reflita sobre sua interação com esses animais. Sendo assim, objetivou-se elaborar uma cartilha inovadora, em prol desta interação ambiental entre ambos, na perspectiva da Ecologia Integral e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável preconizados pela Organização das Nações Unidas no Brasil. Utilizou-se de técnicas de pré-escrita; delimitou-se a realidade e sobre o assunto, realização de triangulação dos dados teóricos embasadores; e usou-se técnicas lúdicas, para atrair o público infanto-juvenil. Obteve-se, então, a “Cartilha para colorir: animais peçonhentos, seres humanos e ambiente”, inédita e inovadora, cujo foco não esteve no agravo, mas sim na interação ambiental humana com esses animais.

PALAVRAS-CHAVE: Animais peçonhentos; Ecologia Integral; Competências; Habilidades; Agenda 2030.

Downloads

Biografia do Autor

Yara Gomes Corrêa, Instituto Federal do Tocantins

Doutora e Mestre em Ciências Ambientais pelaUniversidade Federal do Tocantins, PPGCiamb – UFT;Mestre em Ciências da Educação pela UniversidadeLusófona de Humanidades e Tecnologias – ULHT,Lisboa, PT; Bacharel e licenciada em CiênciasBiológicas, pela Universidade Estadual do Tocantins -UNITINS. 

Carla Simone Seibert

Pós-Doutora em Química de Proteínas pelo InstitutoButantan -SP; Doutora e Mestre em Fisiologia Geralpela Universidade de São Paulo – USP; Bacharel emCiências Biológicas, pela Universidade Estadual doTocantins - UNITINS. Professora efetiva da Universidade Federal do Tocantins – UFT

Referências

ALVES, J. E. D. Os 70 anos da ONU e a agenda global para o segundo quindênio (2015-2030) do século XXI. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 32, p. 587-598, 2015.
ALVES, R. J. M.; GUTJAHR, A. L. N.; PONTES, A. N. Processo metodológico de elaboração de uma cartilha educativa socioambiental e suas possíveis aplicações na sociedade. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 14, n. 2, p. 69-85, 2019.
ANDRADE, D. F. de; TAVARES, H. R.; VALLE, R. da C. Teoria da Resposta ao Item: conceitos e aplicações. ABE, São Paulo, 2000.
AZEVEDO, B. R. M.; ALMEIDA, Z. da S. de. Percepção ambiental e proposta didática sobre a desmistificação de animais peçonhentos e venenosos para os alunos do ensino médio. Acta Tecnológica, v. 12, n. 1, p. 97-108, 2017.
BARBARO, K.C. et al. Comparative study on extracts from the tissue covering the stingers of freshwater (Potamotrygon falkneri) and marine (Dasyatis guttata) stingrays. Toxicon, v. 50, p. 676-687, 2007.
BARBOSA, L.; GOMES, W. P. Mudanças microclimáticas em Porto Nacional (TO) e suas relações com o reservatório da UHE Luís Eduardo Magalhães: um estudo perceptivo com alunos do 3º ano do ensino médio. Revista Geonorte, v. 3, n. 8, p. 162-174, 2012.
BELTRAME, V.; D'AGOSTINI, F. M. Acidentes com animais peçonhentos e venenosos em idosos registrados em municípios do estado de Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, v. 14, n. 3, p. 265-274, 2017.
BENTO XVI, Papa. Discurso ao parlamento alemão. 22 de setembro. 2011. Disponível em: http://w2.vatican. va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2011/september/documents/hf_ben-xvi_spe_20110922_reichstag-berlin.pdf. Acesso em: 20 ago. 2018.
BESSA, K.; CORADO, V. R. A dinâmica recente do segmento de rede urbana no Tocantins: as implicações da construção de Palmas para Porto Nacional. Geotextos, 2011.
BLOOM, B. S. What we are learning about teaching and learning: a summary of recent research. Principal, v. 66, n. 2, p. 6-10, 1986.
BLOOM, B. S.; ENGELHART, M. D.; FURST, E. J.; HILL, W. H.; KRATHWOHL, D. R. Taxonomy of educational objectives: the classification of educational goals, handbook I, cognitive domain. New York: David McKay, 1956.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/21666/15916. Acesso em: 30 mar. 2020.
BUENO, Wi. C. Comunicação científica e divulgação científica: aproximações e rupturas conceituais. Informação & Informação, v. 15, n. 1 esp., p. 1-12, 2010.
CAPRA, F. A Teia da Vida. São Paulo: Editora Cultrix, 1996.
CORRÊA, Y. G.; SEIBERT, C. S. A relação entre o ser humano e a arraia de água doce: duas faces de uma mesma moeda. Ambiente & Educação –Revista de Educação Ambiental, v. 21, n. 1, p. 173-194, 2016.
CORRÊA, Y. G.; SEIBERT, C. S. Uso do Storytelling na educação ambiental para sensibilizar crianças sobre as arraias de água doce. Ambiente & Educação – Revista de Educação Ambiental, v. 24, n. 1, p. 3-31, 2019.
CORRÊA, Y. G; RIBEIRO NETO, D. G.; NASCIMENTO, T. S.do; NUNES, A. Í. dos. Seres humanos, animais peçonhentos e ambiente: conhecimento prévio do público infantil. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 16, n. 6, p. 31-51, 2021.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CUNHA, M. B. da S.; FROTA, K. C. da; PONTE, K. M. de A.; FÉLIX, T. A. Construção e validação de cartilha educativa para prestação de cuidados às vítimas de ofidismo. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 41, 2020.
DRISCOLL, M. Psychology of learning for instruction. Needhan Heights: Allyn & Bacon, 476 p. 2000.
FELICIANO, C. A.; ROCHA, C. E. R. Tocantins no Contexto do Matopiba: territorialização do agronegócio e intensificação dos conflitos territoriais. Revista Nera, n. 47, p. 230-247, 2019.
FERRAZ, A. P. C. M.; BELHOT, R. V. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010.
FRANCISCUS, Papa. Carta Encíclica Laudato Si’: sobre o cuidado da casa comum. São Paulo: Loyola, 2015.
FREITAS, N. T. A. Educação ambiental, consumo e resíduos sólidos no contexto da educação infantil: um diálogo necessário com os professores. 254 fls. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual paulista, Presidente Prudente, 2018.
FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS. Animais peçonhentos. 2014. Disponível em: http://www.funed.mg.gov.br/PDF/web/cartilha.pdf. Acesso em: 24 mai. 2022.
GOLDIM, J. R. Bioética: conceitos fundamentais - Potter 1998: ecologia profunda. Porto Alegre, 1999. Disponível em: https://www.ufrgs.br/bioetica/ecoprof.htm. Acesso em: 07 out. 2017.
GOPALAKRISHNAKONE, P.; POSSANI, L. D.; SCHWARTZ, E. F.; DE LAVEGA, R. C. R. Scorpion venoms, Springer: Berlin, Germany, 2015.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil, Tocantins, 2022. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/to/pesquisa/14/10193. Acesso em: 3 mai. 2022.
INSTITUTO BUTANTAN. Acidentes por animais peçonhentos. São Paulo, 2007. Disponível em: http://www. butantan.gov.br/perguntas.htm. Acesso em: 20 dez. 2016.
KAPLÚN, G. Material educativo: a experiência de aprendizado. Comunicação & Educação, n. 27, p. 46-60. 2003.
KRATHWOHL, D. R. A revision of Bloom’s taxonomy: an overview. Theory in Practice, v. 41, n. 4, p. 212-218, 2002.
LEITE; T. P. B.; FILADELFI, A. M. C. Animais Peçonhentos: conhecer para respeitar e prevenir acidentes. Projeto Fisiologia na Educação de Jovens Conscientes para a Cidadania, Universidade Federal do Paraná (UFPR), 2015. Disponível em: https://cupdf.com/document/cartilha-animais-peconhentos-conhecer-para-respeitar-e-prevenir-acidentes.html?page=1. Acesso em: 24 mai. 2022.
MARQUES, D. A. da S. Reading Digits: Haptic Reading Processes in the Experience of Digital Literary Works. Tese de Doutorado. Universidade de Coimbra (Portugal). 2018.
MORETTO, V. P. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. 9. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010.
NAESS, A. The shallow and the deep, long‐range ecology movement. A summary. inquiry, v. 16, n. 1-4, p. 95-100, 1973.
OLIVEIRA, A. T. de; LIMA, E. C. de L.; PAES, L. da S.; SANTOS, M. dos S.; ARAÚJO, R. L.; PANTOJA-LIMA, J.; ARIDE, P. H. R. Relação entre as populações naturais de arraias de água doce (Myliobatiformes: Potamotrygonidae) e pescadores no Baixo Rio Juruá, Estado do Amazonas, Brasil. Biota Amazônia, Macapá, v. 5, n. 3, p. 108-111, 2015.
ONU BRASIL. Organização das Nações Unidas no Brasil, 2022. Disponível em: https://brasil.un.org/. Acesso em: 20 jun. 2022.
PARENTE, T. G. (In) visibilidade de atores no processo de reassentamentos da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, no Tocantins. Revista Territórios e Fronteiras, v. 8, n. 1, p. 149-164, 2015.
PAROLI, M. H. R. Laudato si’, uma proposta de superação da violência. Caminhos de Diálogo, v. 7, n. 10, p. 63-70, 2019.
PERES, E. T.; RAMIL, C. de A. Cartilhas, pré-livros, livros de alfabetização, livros para o ensino inicial da leitura e da escrita: guardá-los e estudá-los, para quê?. Revista Linhas, v. 19, n. 41, p. 34-64, 2018.
PERRENOUD, Ph. A pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RAMOS, L. M. H.; ARAÚJO, R. F. R. de . Uso de cartilha educacional sobre diabetes mellitus no processo de ensino e aprendizagem. Ensino, Saúde e Ambiente, v. 10, n. 3, 2017.
REGIS, L.; FURTADO, A. F.; OLIVEIRA, C. M. F. de O.; BEZERRA, C. B.; SILVA, L. R. F. da; ARAÚJO, J.; MACIEL, A.; SILVA-FILHA, M. H.; SILVA, S. B. Controle integrado do vetor da filariose com participação comunitária, em uma área urbana do Recife, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 12, n. 4, p. 473-482, 1996.
RUSSELL, F. E. Venom Poisoning. Rational drug therapy, v. 5, n. 8, p. 1-7., 1971.
SANTOS, B.de S. Um discurso sobre as ciências. 7° Ed. São Paulo: Cortez, 2010.
SCHÚ, A.; PETRY, C.; DOURADO, I. P.; MEDEIROS, I. F.; MARTINEZ, J. Educação e Ecologia Profunda: reflexões sobre os potenciais pedagógicos da horta escolar. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 16, n. 3, p. 79-100, 2021.
SILVA, C. V. da. Ecologia integral como fundamento para o direito universal ao meio ambiente e ecologicamente equilibrado. 102 f. Dissertação de Mestrado - Universidade de Caxias do Sul, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2018.
SILVEIRA, A. F. da; ATAÍDE, A. R. P. de; FREIRE, M. L. de F. Atividades lúdicas no ensino de ciências: uma adaptação metodológica através do teatro para comunicar a ciência a todos. Educar em Revista, p. 251-262, 2009.
SINAN, Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Ministério da Saúde do Brasil, Secretaria do Sistema Departamento, Coordenação do Sistema. 2022. Disponível em: http://portalsinan.saude.gov.br/. Acesso em: 10 mar. 2022.
TAVARES, S. S. The Gospel of creation and integral ecology: a first reception of the Laudato Si'. Perspectiva Teológica, v. 48, n. 1, p. 59-80, 2016.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

Publicado

2024-11-30

Como Citar

CORRÊA, Yara Gomes; SEIBERT, Carla Simone. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA: a relação ambiental entre os seres humanos e os animais venenosos peçonhentos. Revista Observatório , [S. l.], v. 10, n. 1, p. a16, 2024. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2024v10n1a16pt. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/14522. Acesso em: 1 abr. 2025.