Les didactiques peuvent-elles être critiques ? Apports des pédagogies et épistémologies sociocritiques

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.20873/2526-1487V3N1P148

Résumé

Resumo: O presente artigo propõe uma outra racionalidade às didáticas com a noção de “didáticas críticas” (DC). Ele desenha um contra-relevo das didáticas fazendo surgir aspectos ocultos que elas rejeitam, não percebem, não problematizam, não questionam ou não teorizam. Diante das crises socioambientais que vivem as sociedades contemporâneas e diante das problemáticas e desafios que essas crises representam para a educação formal, as didáticas não podem mais ousar se apresentar como uma área estritamente disciplinar, descontextualizada, associal e apolítica, submetida somente aos critérios (ou mitos) da cientificidade, ignorando os males sociais (classismo, neocolonialismo, neoliberalismo, racismo, sexismo, conflitos armados, guerras, deslocamentos populacionais e outras violências) que, paradoxalmente, repercutem nas relações ensino-aprendizagem, objeto das pesquisas em didáticas. Mas, será que as didáticas podem ser críticas? Respondemos pela afirmativa. Nosso processo de teorização-conceitualização é baseado na teoria social crítica e na teoria racial crítica. As didáticas críticas são associadas à epistemologia e à pedagogia críticas como terceiro termo de uma “tríade crítica” da relação ensino-aprendizagem. Apesar de parecerem inusitadas nos dias de hoje, as DC fazem eco à pansofia de Comenius na “Magna Didactica” do século XVIII. A partir dessas perspectivas histórica e teórica-conceitual, evidenciamos algumas ancoragens das didáticas, elaboramos uma crítica das pesquisas em didáticas, apresentamos elementos de criticidade de uma pesquisa e propomos princípios axiológicos, ontológicos, epistemológicos e praxológicos para esboçar um campo socioeducativo promissor - “didáticas críticas” - para o ensino-aprendizagem, a pesquisa e a formação.

Palavras-chaves: teoria social crítica; teoria racial crítica; criticidade, pedagogia crítica; epistemologia crítica; didáticas críticas.

Bibliographies de l'auteur-e

Gina Thésée, Université du Québec à Montréal

Spécialisée en didactique des sciences et œuvre en pédagogie et épistémologie critiques. Elle est cotitulaire de la Chaire UNESCO en démocratie, citoyenneté mondiale et éducation transformatoire (DCMÉT). Elle s’intéresse à l’enseignement-apprentissage en contextes de vulnérabilités socio-environnementales multiples.

Paul R. Carr, Université du Québec en Outaouais

Sociologue de l’éducation et est titulaire de la Chaire UNESCO en démocratie, citoyenneté mondiale et éducation transformatoire (DCMÉT). Ancrées dans les perspectives sociocritiques, ses recherches portent sur l’éducation à la démocratie, la justice sociale, la paix.

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Publié-e

2018-03-01

Comment citer

Thésée, G., & Carr, P. R. (2018). Les didactiques peuvent-elles être critiques ? Apports des pédagogies et épistémologies sociocritiques. Trabalho (En)Cena, 3(1), 148–163. https://doi.org/10.20873/2526-1487V3N1P148

Numéro

Rubrique

Articles Théoriques et Empiriques