A CONSTRUÇÃO DA FITA DE MOEBIUS
REPERCUSSÕES COM PROFESSORES READAPTADOS
DOI :
https://doi.org/10.20873/2526-1487e021019Mots-clés :
readaptação profissional, clínica do trabalho, psicodinâmica do trabalho, fita de Moebius, professores.Résumé
Neste artigo, apresentamos o resultado de uma sessão da clínica do trabalho na proposta da psicodinâmica do trabalho, na qual foi realizada uma oficina de confecção da Fita de Moebius. Participaram da atividade doze professores que foram afastados do trabalho e readaptados em outras funções. Tomando como referência as propriedades topológicas correlacionadas à fita surgiram relatos da vivência do rompimento com o trabalho ocasionado pelo adoecimento, tensões relacionadas ao processo de readaptação profissional e perda de referencial identitário do papel de professor provocadas pelas restrições laborais. Esperamos com este artigo contribuir para mostrar uma possibilidade de atuação da Psicologia do Trabalho em suas conexões com a Clínica do Trabalho na vertente dejouriana na área da saúde do trabalhador
Références
Amaral, G.M., Mendes, A.M.B. (2017). Readaptação profissional de professores como uma promessa que não se cumpre: uma análise da produção científica brasileira .Educação em Revista.v.18.n.2. https://doi.org/10.36311/2236-5192.2017.v18n2.08.p105
Barbieri, C. P. (2008). Da vida à arte e de volta à vida: o sujeito em Lygia Clark. Cógito, 9, 10-18. Recuperado em 30 de outubro de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792008000100002&lng=pt&tlng=pt.
Bolonha, T.R.,Gomes, A ressignificação do trabalho : uma das contribuições da clínica psicodinâmica do trabalho. G.C. Rev. UNINGÁ, Maringá, v. 56, n. S1, p. 68-77, jan./mar. http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/117/1860. [pdf]acesso em 29 de out 2020.
Brasil. Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das funções públicas federais. Brasília, DF, 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8112compilado.htm.
Brasil. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 jul. 1991. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm >. Acesso em: 29 out. 2020.» http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
Cestari, E, & Carlotto, M. S. (2012). Reabilitação profissional: o que pensa o trabalhador sobre sua reinserção. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 12(1), 93-115. Recuperado em 31 de outubro de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812012000100006&lng=pt&tlng=pt.
Dejours, C. (2004). Subjetividade, trabalho e ação. Production, 14(3), 27-34. https://doi.org/10.1590/S0103-65132004000300004
Dejours, C. (1999). Conferências brasileiras: identidade, reconhecimento e transgressão no trabalho. São Paulo: Fundap; EAESP/FGV.
Dejours, C. (1995). Évatulation ouvalidation en psychologie du travail?Pratiques Psychologiques, del’intuition à l’évaluation, L’Esprit dutemp, Paris. n. 1, p. 51-61.
Dejours, C; Abdoucheli, E; Jayet, C. (1994). Psicodinâmica do trabalho: Contribuição da Escola Dejouriana à Análise da Relação Prazer, Sofrimento e trabalho. Coordenação Maria Irene Stocco Betiol. São Paulo: Editora Atlas.
Dejours, C. (1993) Uma nova visão do sofrimento humano nas organizações. In: Chanlat, J.F. (Org.). O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. São Paulo: Atlas. p.149-¬‐173.
Deleuze, G. (2005). Foucault. São Paulo: Brasiliense.
Deleuze, G. (1991). A dobra: Leibniz e o barroco. Campinas: Papirus.
Grisci, C. L. I. (2003). Dos corpos em rede às máquinas em rede: reestruturação do trabalho bancário e constituição do sujeito. Revista de Administração Contemporânea, 7(1), 87-108. https://doi.org/10.1590/S1415-65552003000100005
John, D. (2006). A ressignificação da história de vida: temporalidade e narrativa no percurso da análise . Tese (Doutorado) -Pontifícia Católica de São Paulo. São Paulo.
Kanabus, B. (2015). Christophe Dejours - O corpo inacabado entre fenomenologia e psicanálise: entrevista. Psicologia USP, 26(3), 328-339. https://dx.doi.org/10.1590/0103-6564D20150004
Kubrusly, R. Costurando uma fita na cabeça: um ensaio sobre a invenção da pessoa. In: Frade, C.; Pape, C.; Manhãs, R. (org.). Ética, arte, ciência, filosofia. Rio de Janeiro: Decult/Comcultura, 2013. p. 75-88.
Lacan,J. (2003). O seminário, Livro 9: a dentificação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original de 1962-1963).
Lacan, J. (2005). O seminário, livro 10: a angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (Trabalho original de 1962-1963).
Lancman, S. (2008). O mundo do trabalho e a psicodinâmica do trabalho. In: Lancman, S.; Sznelwar, L. I. (Org.). Christophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Rio de Janeiro: Fiocruz, p. 25-36.
Lancman, S, & Uchida, S. (2003). Trabalho e subjetividade: o olhar da psicodinâmica do trabalho. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 6, 79-90. Recuperado em 30 de outubro de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172003000200006&lng=pt&tlng=pt.
Lancman, S., Toldrá, R. C., & Santos, M. C. (2014). Reabilitação profissional e saúde mental no trabalho. In: D. M. R. Glina, & L. E. Rocha (Orgs.), Saúde mental no trabalho: da teoria à prática (pp. 98-112). São Paulo: Roca.
Lima, M. A. G. (2018). Retorno ao trabalho (RT): facilitadores e barreiras. In: R. Mendes (Org.), Dicionário de saúde e segurança do trabalhador (pp. 996-997). Novo Hamburgo: Proteção.
Mendonça, T. C. P. de. (2005). As oficinas na saúde mental: relato de uma experiência na internação. Psicologia: Ciência e Profissão, 25(4), 626-635. https://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932005000400011
Perissé, N. Resenha: trabalho vivo –tomo i: sexualidade trabalho, de Christophe Dejours. Revista Trabalho ( Em) Cena . v.1. n. 1, Jan. /Jun. 2016,pp. 197-210, PDF , acesso in 30 de nov 2020.
Pickover, C. A. (2006) The Möbius Strip_ Dr. August Möbius’s Marvelous Band in Mathematics, Games.
Ramos, M. Z., Tittoni, J., & Nardi, H. C. (2008). A experiência de afastamento do trabalho por adoecimento vivenciada como processo de ruptura ou continuidade nos modos de viver. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 11(2), 209. https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v11i2p209-221
Rivera, T. (2008). Ensaio sobre o espaço e o sujeito: Lygia Clark e a psicanálise. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 11(2), 219–238. doi.org/10.1590/S1516-14982008000200004
Scheller, M., Bonotto,D.L, Biembengut,M.S. Da modelagem a modelação – uma prática possível.(2016). Comunicação Científica. : VI Jornada Nacional de Educação Matemática. Passo Fundo. Anais da VI Jornada Nacional de Educação Matemática - Quais os rumos da Educação Matemática?. Passo Fundo: Ed UPF [pdf ] https://www.upf.br/jem/edicao-2016/anais/eixo-4-praticas-e-intervencoes-na-educacao-basica-e-superior, acessado em 29 de out 2020.
Silva, C.T.S.( 2018). Descobrindo a topologia.um compêndio de fundamentos teóricos e atividades lúdicas para auxiliar na formalização e conceitos topológicos no ensino básico. Dissertação e Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional . PROFMAT- Faculdade de Ciências e Tecnologia. Unesp, Câmpus de Presidente Prudente – SP.
Silva- Junior, J. (2018). Retorno ao trabalho. In: R. Mendes (Org.), Dicionário de saúde e segurança do trabalhador . Novo Hamburgo: Proteção.
Silva, J. C. da, & Garcia, E. L. (2011). Produção de subjetividade e construção do sujeito. Barbaroi, (35), 189-198. Recuperado em 01 de novembro de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-65782011000200013&lng=pt&tlng=p
Triska, V. H. C, & D'Agord, M. R. L. (2013). A topologia estrutural de Lacan. Psicologia Clínica, 25(1), 145-161. https://doi.org/10.1590/S0103-56652013000100010
Zambroni-de-Souza, P. C., & Moraes, T. D. (2018). Reflexões sobre a dinâmica psíquica de trabalhadores afastados do trabalho. Fractal: Revista de Psicologia, 30(2), 103-111. https://dx.doi.org/10.22409/1984-0292/v30i2/5866
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os direitos autorais dos artigos publicados pela Revista Trabalho EnCena permanecem propriedade dos autores, que cedem o direito de primeira publicação à revista. Os autores devem reconhecer a revista em publicações posteriores do manuscrito. O conteúdo da Revista Trabalho EnCena está sob a Licença Creative Commons de publicação em Acesso Aberto. É de responsabilidade dos autores não ter a duplicação de publicação ou tradução de artigo já publicado em outro periódico ou como capítulo de livro. A Revista Trabalho EnCena não aceita submissões que estejam tramitando em outra Revista. A Revista Trabalho EnCena exige contribuições significativas na concepção e/ou desenvolvimento da pesquisa e/ou redação do manuscrito e obrigatoriamente na revisão e aprovação da versão final. Independente da contribuição, todos os autores são igualmente responsáveis pelo artigo.