Adoecimento mental no trabalho: Um estudo a partir da percepção dos profissionais da gestão de recursos humanos
DOI:
https://doi.org/10.20873/2526-1487e024007Palabras clave:
Saúde Mental, Gestão de Recursos Humanos, Psicodinâmica do TrabalhoResumen
Este artigo buscou investigar a percepção dos profissionais da gestão de recursos humanos sobre os fatores que geram adoecimento mental nos trabalhadores dentro das organizações a partir das suas observações e vivências no contexto laboral. Foi realizado um estudo de campo com uma abordagem qualitativa, com delineamento não experimental e caráter descritivo e exploratório com a participação de 14 profissionais da gestão de recursos humanos de diferentes lugares do Brasil. Foram utilizadas entrevistas individuais norteadas pelos objetivos do estudo. A análise das informações aconteceu por meio da análise de conteúdo temática com o auxílio teórico da psicodinâmica do trabalho. Como resultado, destaca-se que o mau relacionamento com os líderes se apresenta como o fator que mais afeta o bem-estar nas organizações e como desencadeador de vivências de assédios, solidão e de sobrecarga. Os profissionais de recursos humanos vivenciam e testemunham contextos adoecedores com o peso da responsabilidade sobre a qualidade de vida no trabalho, o que gera sofrimento nos dilemas da sua atuação. Ressalta-se a importância do investimento em práticas de promoção de saúde nos subsistemas de recursos humanos por meio da abordagem da psicodinâmica do trabalho.
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