Trabalho e Lazer na História: Reflexões do CEPELS sobre a Exclusão Antiga e a Disputa Atual pelo Tempo Livre
DOI:
https://doi.org/10.20873/2025_jul_21763Resumen
Este artigo analisa, em perspectiva histórico-social, a construção das categorias trabalho e Lazer, destacando suas interações, tensões e transformações desde a Antiguidade até a contemporaneidade. Na Antiguidade Clássica, o Lazer era prerrogativa das elites, vinculado à contemplação e à formação moral, enquanto o trabalho era reservado aos escravizados e classes subalternas. Na Idade Média, o lazer foi regulado pela Igreja, assumindo formas festivas e comunitárias sob vigilância moral. A Revolução Industrial redefiniu o tempo livre como improdutivo, integrando o trabalho à lógica capitalista e disciplinar. No século XX, conquistas sociais institucionalizaram o lazer como direito, mas também o tornaram funcional ao sistema produtivo e à indústria cultural. Na contemporaneidade, com o avanço das tecnologias e da cultura do desempenho, as fronteiras entre lazer e trabalho se dissolvem, revelando uma nova forma de exploração do tempo e da subjetividade. Apesar de reconhecido constitucionalmente como direito, o lazer ainda é negado a grande parte da população devido a desigualdades estruturais de classe, gênero e raça. O texto conclui que o lazer permanece um campo de disputa simbólica, política e econômica no mundo atual.
PALAVRAS CHAVE: Lazer; Trabalho; Tempo livre; Desigualdade social; História social; Capitalismo; Cultura do desempenho; Políticas públicas.
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Derechos de autor 2025 Fabrício Bezerra Eleres, Ruhena Kelber Abrão; Thiago Nilton Alves Pereira

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