A ESTÉTICA DE FLUXO E A FICÇÃO CIENTÍFICA: REIMAGINANDO A EXPERIÊNCIA DO TEMPO EM UM NOVO REGIME DE HISTORICIDADE
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2526-8031.2021v5n1p124Palavras-chave:
cinema e história, cinema de fluxo, ficção científicaResumo
Nos últimos anos, produções de ficção científica contemporâneas parecem aderir a um estilo que prioriza o fluxo de sensações de imagens e som mais do que a narrativa. Nesse sentido, a presente proposta relaciona filmes de icção científica contemporâneos à chamada estética do fluxo. Conforme veremos, Under the Skin(2014), High Life (2018) and Annihilation (2018) podem ser relacionados a essa estética, estilo de realismo cinematográfico dos anos 2000 que resulta de um novo regime de historicidade, caracterizado pela aceleração e alargamento do presente, e de novas abordagens no campo das humanidades, mais preocupadas com a vida cotidiana e o mundo ordinário. Em sua relação com o realismo tradicional e o gênero da ficção científica, esse realismo é marcado por uma atmosfera de desdramatização e rarefação, sem personagens definidos. Como será observado, tais filmes propõem uma gama de futuros possíveis a partir da nossa experiência contemporânea de tempo, resultado de esforços do mundo real para reimaginar e redefinir essa experiência.
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