O INVENTOR PARAENSE VS. O HERÓI DA ARMADA:
A CONTROVÉRSIA ENTRE JOÃO FRANCISCO DE MADUREIRA PARÁ E LUIZ DA CUNHA MOREIRA NO ARSENAL DA MARINHA DO RIO DE JANEIRO-1825-1831
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2763-9533/2022.2.12Schlagworte:
Inventos; Amazônia; Navegação; Ator-redeAbstract
Este trabalho versa sobre a controvérsia entre o inventor paraense, João Francisco de Madureira Pará, e o, à época, Intendente do Arsenal da Marinha, Luiz da Cunha Moreira, no Rio de Janeiro, entre os anos de 1825 e 1831. Olhando todo o desenrolar da controvérsia pelo prisma da Teoria Ator-Rede, criada pelo sociólogo francês Bruno Latour, e pela Cartografia das Controvérsias, do italiano Tommaso Venturini, buscamos descobrir e entender todas as relações sociais estabelecidas pelo inventor na tentativa de se estabelecer como um letrado, dotado de conhecimentos técnicos, tentando convencer possíveis aliados de que sua invenção realmente funcionava, enquanto enfrentava a dura oposição do “Herói da Armada”. Nas controvérsias que envolvem a fabricação da “Máquina para o Melhoramento da Navegação” e nas relações pessoais de seu inventor, podemos analisar as várias tentativas do inventor de mudar seu status por meio de mercês e patentes. Falaremos também, no decorrer da escrita sobre temas como ciência, tecnologia, desenvolvimento, para uma melhor compreensão sobre este caso em especial, e dessa forma, poderemos entender melhor os embates e as controvérsias geradas pelo trabalho caótico de João Francisco de Madureira Pará, inventor sem formação e com poucos conhecimentos técnicos, em sua busca por algo muito maior que a melhoria da navegação.