AS TRANSFORMAÇÕES NO DISCURSO ANTI-CHBM, A GESTÃO DE SABERES DISCURSIVOS E OS PROCESSOS QUE DELA DERIVAM
DOI :
https://doi.org/10.20873/actasemiticaetlingvistica.v31i2.20391Mots-clés :
Análise do discurso, Belo Monte, MXVPS, Formação discursiva, ResistênciaRésumé
Este artigo investiga as transformações discursivas no movimento de recusa ao Complexo Hidrelétrico de Belo Monte (CHBM), destacando o papel do Movimento Xingu Vivo Para Sempre (MXVPS). A partir de uma análise fundamentada na Análise do Discurso Francesa (ADF), examinamos como diferentes formações discursivas convergiram no discurso de resistência liderado pelo MXVPS. O estudo analisa como a aliança entre diversos segmentos sociais, incluindo indígenas, ribeirinhos, agricultores e extrativistas, moldou o discurso de oposição ao CHBM, levando à reconfiguração das posições de sujeito e à gestão de saberes diversos no interior da Formação Discursiva Anti-CHBM. Os resultados destacam a dinâmica de resistência discursiva em contextos de conflitos socioambientais na Amazônia.
Palavras-chave: Análise do Discurso, Belo Monte, MXVPS, Formação Discursiva, Resistência
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