Morfometria e beneficiamento de sementes de Schizolobium parahyba (Vell.) Blake var. parahyba

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n4.hanzen

Palavras-chave:

guapuruvú, classificação de sementes, retenção em peneiras

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a morfometria e o beneficiamento de sementes Schizolobium parahyba. Foram utilizadas sementes oriundas de coleta realizada em três árvores matrizes situadas em uma área de domínio ciliar na região do município de Medianeira – PR. Separaram-se casualmente quatro repetições de 100 sementes, das quais foram mensurados o comprimento, a largura, a espessura e a massa. Foram utilizadas peneiras de crivo circular, com perfurações de 14 mm a 18 mm, e peneiras de crivo oblongo, com perfurações de 4 x 22 mm e 5 x 22 mm. O teste ocorreu de forma que as sementes foram dispostas sobre as peneiras em ordem decrescente e submetidas a agitação manual. Após a peneiração computou-se os dados morfométricos e de massa das sementes retidas e aplicaram-se procedimentos da estatística descritiva e construíram-se histogramas de distribuição de frequências com o tipo e tamanho do crivo. Comparou-se pelo teste de Qui-quadrado a 5% de probabilidade de erro a proporção de sementes observadas e esperadas dentro dos intervalos de classe. As médias dos parâmetros morfométricos e de massa, bem como a uniformidade de sementes retidas em função da furação e tipo de peneira foram submetidas a análise de variância e quando da evidência de diferenças significativas as médias foram comparadas pelo teste Dunnett a 5% de probabilidade de erro. Os resultados obtidos indicaram que peneiras de crivo circular como as melhores para o beneficiamento de sementes de guapuruvú constatando-se que a melhor base para separação no peneiramento foi a largura.

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Publicado

11-10-2020

Como Citar

Hanzen , F. A., & Dranski, J. A. L. . (2020). Morfometria e beneficiamento de sementes de Schizolobium parahyba (Vell.) Blake var. parahyba. Journal of Biotechnology and Biodiversity, 8(4), 266–274. https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n4.hanzen