MAPEIE-SE! E busque de modos criativos de ser e estar no mundo para relacionar-se com a artisticidade das crianças
Resumo
Este texto comenta a riqueza do ato de criar e desenhar mapas que possam expressar ideias, sentimentos, sensações e projetos em processo. Para tal visita o conceito de “espaço potencial” (Winnicott, 1978), passeia pela obra filosófica Poética do espaço (Bachelard, 1978) para abraçar a noção de espacialidade da fenomenologia (Merleau-Ponty, 1999; Machado, 2010). Propõe em seguida o encontro com a geografia e com a definição de “mapa como relato” (Marquez, 2014), noção que conversa diretamente com a prática da autora em seu cotidiano docente: na Licenciatura em Teatro, junto a professoras da Educação Infantil, seu trabalho com o ensino de arte para crianças e jovens e discussões sobre dramaturgia do espaço na pós-graduação em Artes da Cena.
Referências
BACHELARD, G. (1993). A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes.
DUARTE, J. B. (2008). Estudos de caso em educação. Investigação em profundidade com recursos reduzidos e outro modo de generalização. Lisboa: Revista Lusófona de Educação, 2008. II, pp. 113-132.
MACHADO, M. M. (2010). Merleau-Ponty & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
MACHADO, M. M. (2015). Só rodapés: um glossário de trinta termos definidos na espiral de minha poética própria. Uberlândia: Revista Rascunhos. v.2 n.1. pp. 53-67. jan/jun.
MARQUEZ, R. M. (2014). O mapa como relato. Curitiba: Revista Ra’e Ga. v.30, pp. 41-64.
MERLEAU-PONTY, M. (1990a). Merleau-Ponty na Sorbonne – resumo de cursos: filosofia e linguagem. Campinas: Papirus.
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WINNICOTT, D. W. (1978). Textos selecionados / Da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves.
WINNICOTT, D. W. (1990). O gesto espontâneo. São Paulo: Martins Fontes.