RELATOS: ARTE-VIDA, CONFLUÊNCIAS E COSMOLOGIAS AFRO-INDÍGENAS PERIFÉRICAS

Educação, cultura, vida e rezos

Autores

  • Vanessa Rosa de Araujo Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)

Resumo

Esse artigo contempla a criação de relatos a partir das experiências e estudos sobre a prática educacional desenvolvida pelo povo Guarani Mbya no Centro de Educação e Cultura Indígena Tenondé Porã, para as crianças de zero a seis anos moradoras da aldeia.  Durante cerca de quatro anos de pesquisas, reconhecendo os valores, saberes e processos educacionais que fomentam o fortalecimento cultural e ensino sobre a vida dos povos Guarani, em enfrentamento a imposição sócio educacional euro-cristã, pude mergulhar numa pesquisa-vida em diálogo com minhas memórias de infância, saberes de família e a presença da construção cultural e territorial periférica nordestina na cidade de São Paulo.  Todo esse processo me levou a compreender as importantes e significativas mudanças no campo de atuação no processo de pesquisa e ensino teatral, em específico na linguagem da comicidade no Brasil. Na união desses saberes nasce o Terreiros do Riso em busca por ouvir, referenciar e dar visibilidade aos diversos caminhos e histórias culturais afro-orientadas e afro-indígenas na produção artística estética cômica. Conclui-se que saber de figuras cômicas indígenas e afro-diaspóricas, e seguir caminhos de aprendizado sobre o riso como uma tecnologia de sobrevivência, me faz habitar por uma produção artística que não tem como fim um ato cênico, mas que apreende a força da construção simbólica em todo o processo, reconhecendo no brincar, nas dramatizações, uma fonte de alimento de saberes de um “Teko Porã”. Compreendendo o meu fazer com um diálogo social e coletivo, em todas as esféricas e dinâmicas políticas presentes em habitar pindorama.  

Biografia do Autor

Vanessa Rosa de Araujo, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)

Vanessa Rosa é artista do riso, atriz, palhaça e educadora, estuda máscaras cômicas desde 2006, e tem uma pesquisa-vida chamada Terreiros do Riso. Orienta grupos e ministra oficinas sobre comicidade afro-indígena nas periferias da cidade de SP.

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Publicado

2021-03-19

Como Citar

Rosa de Araujo, V. (2021). RELATOS: ARTE-VIDA, CONFLUÊNCIAS E COSMOLOGIAS AFRO-INDÍGENAS PERIFÉRICAS: Educação, cultura, vida e rezos. Teatro: Criação E Construção De Conhecimento, 8(1 e 2), 162–173. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/teatro3c/article/view/11784