O APRISIONAMENTO DA INF NCIA POR MEIO DE CONCEITOS HISTORICAMENTE CONSTRUÍDOS
Palavras-chave:
Infância, Escola, Educação, EmancipaçãoResumo
O presente trabalho se propõe a pensar as infâncias e as suas facetas, trazendo as contribuições do contexto sócio-histórico para a compreensão do seu significado em diferentes períodos da história, sobretudo na modernidade, quando, apesar das incessantes transformações, não raro era possível observar uma visão conservadora e autoritária do que era a infância e como ela devia ser tratada pelos adultos, os quais comumente almejavam capturar e doutrinar as crianças conforme os seus quereres e desígnios. Nesta perspectiva, buscamos compreender o papel da educação na construção da infância, e para isso percorremos os moldes tradicionalistas e hierárquicos sobre infância, bem como as concepções e práticas educativas que preconizaram a emancipação e a libertação das classes populares, uma vez que estas historicamente encontraram-se e ainda se encontram imersas nas estruturas de poder da classe dominante. Neste estudo foi utilizada a revisão bibliográfica de produções científicas e livros de autores que se dedicam ao estudo da temática abordada, em especial Jorge Larrosa (1998). Propomo-nos a olhar, aqui, para as infâncias sob a ótica da singularidade, que compreende a existência de cada sujeito no mundo, conferindo-lhe caráter de unicidade e, portanto, refutam padrões e determinações prescritas e estabelecidas previamente ao seu nascimento.
Referências
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Tradução Dora Flaksman. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986. 279 p. Tradução de: L’ Enfant el la Vie familiale sous I’ Ancien Régime. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5525040/mod_resource/content/2/ARI%C3%88S.%20Hist%C3%B3ria%20social%20da%20crian%C3%A7a%20e%20da%20fam%C3%ADlia_text.pdf>. Acesso em: 11 out. 2023.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 129 p. Disponível em: <https://cpers.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Pedagogia-do-Oprimido-Paulo-Freire.pdf>. Acesso em: 11 out. 2023.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação Omnilateral. In: CALDART, Roseli Salete et al. (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012, p. 267 – 274. Disponível em: <https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/l191.pdf>. Acesso em: 11 out. 2023.
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria. Trabalho como princípio educativo. In: CALDART, Roseli Salete et al. (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012, p. 750 – 757. Disponível em: <https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/l191.pdf>. Acesso em: 11 out. 2023.
LARROSA, Jorge. Pedagogia Profana: Danças, piruetas e mascaradas. Tradução Alfredo Veiga – Neto. Porto Alegre: Contra Bando, 1998. 258 p.
NASCIMENTO, Milton. Morro velho. 1967. Disponível em: < https://spotify.link/wlZhW4BnODb>. Acesso em: 11 out. 2023.
RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Tradução Lilian do Valle. Belo Horizonte, 2002. 144 p. Tradução de: Le Maitre Ignorant. Disponível em: < https://we.riseup.net/assets/126511/ranciere+O+mestre+ignorante-livro.pdf>. Acesso em: 11 out. 2023.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: polêmicas do nosso tempo. 32. ed. Campinas: Autores Associados, 1999. 99 p. Disponível em: < https://grupos.moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?id=28571>. Acesso em: 11 out. 2023.