Dies ist eine überholte Version, die am 2024-05-19 veröffentlicht wurde. Lesen Sie die aktuellste Version.

DISCURSO, MEMÓRIA E HISTÓRIA

FUNCIONAMENTOS DA ESTRELA AMARELA NO HOLOCAUSTO

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.20873/10.20873-2024-39st

Abstract

As discussões que trazemos com esse artigo incidem sobre a estrela amarela, durante a guerra, analisada a partir do texto-imagem, capturado da página virtual do Museo del Holocausto de Buenos Aires. A questão de pesquisa que sustenta este artigo é: como, pela estrela amarela, se constituem efeitos de construção imaginária dos sujeitos-judeus, marcados/segregados pelos nazistas? O texto-imagem é um todo indivisível, que se estrutura por enunciados-imagens (Venturini, 2009, 2022, 2024), a partir dos quais se constituem redes parafrásticas. Nosso objetivo é analisar as condições de produção de criação e de funcionamento do Museo del Holocausto da Argentina, portanto o título se constitui, de certa forma, como um percurso a ser seguido para responder à questão de pesquisa, que se pauta na história, por meio de documentos, diferenciando-se, portanto, da ficção. Propomos retomar a II Guerra Mundial, como discurso que se realiza dentro de determinadas condições de produção, recortando em sentido estrito, o Holocausto e, em sentido amplo, as condições sócio-históricas e as memórias que ressoam desse acontecimento. Filiamo-nos à Análise de Discurso de Michel Pêcheux, pois, nessa perspectiva, a história significa como historicidade, decorrente da relação entre exterioridade/anterioridade e o funcionamento das representações do pensamento nos processos discursivos.

Autor/innen-Biografien

Maria Cleci Venturini, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Santa Maria. Professora Associada da Universidade Estadual do Centro-Oeste. E-mail: mariacleciventurini@gmail.com.

Leandro Tafuri, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professor do Centro Universitário Guairacá (Guarapuava-PR) e QPM-PR. E-mail: professortafuri@gmail.com.

Adriana Cristina Bernardim, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Doutoranda em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual do Centro-Oeste. E-mail: adrianabernardim@gmail.com.

Literaturhinweise

AGAMBEN, G. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). São Paulo: Boitempo, 2008.

KLEMPERER, V. LTI: a linguagem do Terceiro Reich. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009.

JORGE, B. W. G. de A. História Secreta das Forças Especiais. In: Revista Brasileira de Inteligência. Brasília: Abin, n. 7, jul. 2012, p. 106.

LEVI, P. Os que sucumbem e os que se salvam. Trad. José Colaço Barreiros Cordóva, PT: Publicações Dom Quixote, livro virtual, 2018.

MILGRAM, A; ROZETTI, R. O Holocausto: as perguntas mais frequentes. Jerusalém, 2012.

ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2002.

ORLANDI, E. P. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Campinas, SP: Pontes Editores, 2004.

ORLANDI, E. P. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. 6. ed. Campinas, SP: Pontes, 2010.

PÊCHEUX, M. [1975]. Semântica e Discurso. Uma crítica à afirmação do óbvio. 5.ed. Campinas: Ed. Unicamp, 1997.

PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. Trad. Eni Puccinelli Orlandi. 3ª. Ed. Campinas/SP: Pontes Editores, 2002.

PÊCHEUX, M. Análise Automática do Discurso. Trad. Eni Orlandi e Greciely Costa. Campinas/SP: Pontes Editores, 2019.

PETRI, V. “História das palavras” na história das ideias linguísticas: para ensinar Língua Portuguesa e para desenvolver um projeto de pesquisa. Revista Conexão Letras, Porto Alegre, v. 13, n. 19, pp. 47-58, 2018.

REES, L. O Holocausto: uma nova história. São Paulo: Vestígio, 2018.

REISS, C. Luz sobre o caos: educação, memória do Holocausto. Rio de Janeiro: Imprimatur, 2018.

ROBIN, R. A memória saturada. Trad. Cristiane Dias, Greciely Costa. Campinas/SP: Editora da UNICAMP, 2016.

ROY, J. Estrela amarela. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

SPIEGELMAN, Art. Maus: a história de um sobrevivente. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

UNITED STATES HOLOCAUST MEMORIAL MUSEUM. Os Protocolos dos Sábios de Sião. Enciclopédia do Holocausto [online], 2012. Disponível em: <https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/protocols-of-the-elders-of-zion>. Acesso em: 22 nov. 2022.

VENTURINI, M C. Imaginário urbano: espaço de rememoração/comemoração. Passo Fundo/RS: Editora da Universidade de Passo Fundo, 2009.

VENTURINI, M. C. Espaços de memória e a resistência no discurso sobre a língua. In: Polifonia, Cuiabá, MT, v. 22, n. 31, p. 151-172, jan/jun 2015. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/3125 Acesso em: 20 jul. 2023

VENTURINI, M. C. O saber urbano por/em museus como lugares de fala. In: DIAS, Cristiane Pereira Costa; COSTA, Greciely Cristina da; BARBAI, Marcos Aurélio. Artefatos de Leitura. Campinas/SP: LABEURB/NUDECRI/Unicamp, 2020, p. 183-202.

VENTURINI, M. C. Holocausto e silêncio em (dis)curso. Línguas e Instrumentos Linguísticos, Campinas, SP, v. 25, n. esp, p. 201–213, 2022. DOI: 10.20396/lil.v25iesp.8671211. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/article/view/8671211.

VENTURINI, M. C. Imaginário urbano: espaço de rememoração/comemoração. 2 ed. Campinas/SP: Pontes Editores, 2024.

VENTURINI, MARIA CLECI ; TEIXEIRA, Maria Cláudia. Holocausto, museu e universidade: estabelecendo relações com a escola. In: Andréa Rodrigues; Bruno Deusdará; Juciele Pereira Dias. (Org.). Discursos em análise do/no presente. Curitiba: CRV, 2023, v. 5, p. 205-218.

VEYNE. P. (1978 [2008]). Como se escreve a história. Trad. António José da Silva Moreira. Coimbra/PT: Edições 70 – Ed. Ver. (Lugar da História 20).

Veröffentlicht

2024-05-19

Versionen

Zitationsvorschlag

Venturini, M. C., Tafuri, L., & Bernardim, A. C. (2024). DISCURSO, MEMÓRIA E HISTÓRIA: FUNCIONAMENTOS DA ESTRELA AMARELA NO HOLOCAUSTO. Porto Das Letras, 10(1), 38–54. https://doi.org/10.20873/10.20873-2024-39st