Veiled reality and hylomorphic structure
DOI:
https://doi.org/10.20873/rpv8n1-70Resumen
A ciência experimental se concentra de forma peculiar, embora não exclusiva, no exame dos componentes materiais presentes na natureza e em suas relações quantitativas. Esta abordagem tem sido extremamente bem-sucedida, mesmo que haja lacunas e perplexidades a serem superadas, que, por sinal, também fazem parte do modus operandi da investigação experimental. Entretanto, se esta investigação é necessária para compreender a totalidade da natureza, ela já não é suficiente, o que é também corroborado por um sentimento de incompletude presente nas teorias. Assim, existem razões justificáveis para se investigar a presença de uma estrutura não conceptualizável apenas em termos quantitativos chamada Realidade Velada pelo físico Bernard d'Espagnat, que pode ser assimilada à composição transcendental clássica de ser e essência, desde que este último elemento da composição, a essência, seja equivalente à estrutura forma-matéria, ou estrutura hilemórfica (aqui, matéria deve ser assimilada à matéria prima). Ora, a existência de tal estrutura reposicionaria a filosofia da natureza como conhecimento complementar ao da ciência experimental no sentido de que ele daria uma contribuição metafísica qualitativa relevante à pesquisa do que está além do limiar essencialmente quantitativo, conquanto necessário, oferecido pelas ciências da natureza.
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