Natalidade e revolução em Hannah Arendt
DOI:
https://doi.org/10.20873/rpv6n2-04Resumen
O presente artigo tem por objetivo discutir o conceito de natalidade e sua relação com o fenômeno revolucionário a partir do pensamento de Hannah Arendt. Para tanto, laçaremos mão de algumas obras de referência da autora para pensar tal categoria, a saber: Origens do Totalitarismo (1951), A condição humana (1951) e Sobre a Revolução (1963). Para Arendt, o conceito de natalidade está diretamente relacionado a capacidade dos indivíduos de iniciarem coisas novas no mundo, isto é, de serem iniciadores de um mundo inteiramente novo. O fenômeno revolucionário moderno, por sua vez, representa um novus ardo saeclorum, uma novidade que se tornou possível por meio da ação conjunta dos homens e da capacidade de começar própria daqueles que são os recém-chegados ao mundo. Portanto, nosso problema consiste em constatar a centralidade do conceito de natalidade no pensamento político de Arendt, bem como sua relação com o fenômeno revolucionário moderno.
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