Sobre a certeza sensível e o problema do começo da filosofia
um diálogo entre Hegel e Feuerbach
DOI:
https://doi.org/10.20873/rpv6n1-86Resumo
O presente artigo pretende analisar os conceitos de certeza sensível em Hegel e Feuerbach, partindo da exposição do primeiro capítulo da Fenomenologia do Espírito (Phänomenologie des Geistes [1807]) hegeliana e do texto feuerbachiano Para a crítica da filosofia de Hegel (Zur Kritik der Hegelschen Philosophie [1839]). Em um primeiro momento a exposição é orientada pela perspectiva hegeliana, a qual defende a tese de que, enquanto a consciência sensitiva tem a pretensão de alcançar a verdade do objeto como algo singular e isento de mediações e que, por isso, acredita ter a posse do saber mais verdadeiro e rico, passa por contradições que não pode resolver sem dar o salto para o nível da percepção; o que parecia singular lhe parece agora universal, e o “saber” pretensamente rico, se revelará o mais pobre e vazio abstrato. No segundo momento, lendo a supracitada obra de Feuerbach, temos que a certeza sensível, tal como considerada pela Fenomenologia, não passa de um jogo de palavras do pensamento consigo mesmo; a tese agora é a de que Hegel parte de um conceito de sensibilidade distinto da realidade efetiva e que, portanto, a refutação hegeliana só se dá logicamente, mas não realmente em relação à verdade da certeza sensível.
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