ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO TOCANTINS NO PERÍODO DE 2007 A 2017

Autores

  • Fernando Tranqueira Da Silva Universidade Federal do Tocantins
  • Gabriel Oliveira Silva Universidade Federal do Tocantins
  • Guilherme Henrique Moreira Azevedo
  • Clarissa Bezerra Nunes de Sá
  • Olivia Maria Veloso Costa Coutinho
  • Barbara Mamede Arrais
  • Rafael de Almeida Machado
  • Rodrigo Sousa Silva

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2019v6n2p5

Resumo

Introdução: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença tratável e curável, considerada uma Doença Tropical Negligenciada pela OMA. Atinge principalmente as camadas mais vulneráveis da população e apresenta uma mudança no seu padrão de transmissão, passando a acometer zonas urbanas, como a capital do estado do Tocantins, Palmas. O estudo objetiva identificar dados epidemiológicos da doença no Tocantins, os comparando com os dados nacionais. Método: É um estudo epidemiológico realizado a partir de dados secundários obtidos através do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação e no Sistema de Informação sobre Mortalidade no intervalo de janeiro de 2007 a dezembro de 2017.  Resultados: No período de abrangência, 3658 casos de LV foram diagnosticados, alcançando incidência máxima de 34,6 casos por 100.000 habitantes no ano de 2011. O estado manteve taxas de letalidade abaixo das médias nacionais nesse período, com exceção do ano de 2010. É uma doença mais comum no sexo masculino, raça parda e em pessoas de escolaridade até o ensino fundamental incompleto. Discussão: Na última década, o Tocantins apresentou níveis de incidência até 1730% maiores que a taxa nacional, demonstrando a histórica associação da doença com a parcela da população em situação de pobreza. Dos diagnosticados, 3,5% apresentavam infecção pelo HIV. As taxas de letalidade têm demonstrado ascensão gradativa Conclusão: No Tocantins, a LV mantém principal incidência na população pediátrica na faixa de 1 a 4 anos e na população adulta na faixa de 20 a 39 anos. Em mortalidade, são mais acometidos os menores de 1 ano e os que se encontram entre 40 e 59 anos. Devido aos preocupantes números apresentados, medidas devem ser tomadas para que haja controle dessa zoonose na população tocantinense.  

Palavras-chave: Leishmaniose Visceral; Doenças Negligenciadas; Medicina Tropical; Epidemiologia; Sistemas de Informação.

ABSTRACT

Introduction: Visceral Leishmaniasis (LV) is a treatable and curable disease, considered a Tropical Disease Neglected by AOM. It reaches mainly the most vulnerable sections of the population and presents a change in its transmission pattern, starting to hit urban areas, such as the state capital of Tocantins, Palmas. This study aims to identify epidemiological data on the disease in Tocantins, comparing it with national data. Method: This is an epidemiological study based on secondary data obtained through the National Information System for Notifiable Diseases and in the Mortality Information System from January 2007 to December 2017. Results: During the study period, 3658 cases of LV were diagnosed, reaching a maximum incidence of 34.6 cases per 100,000 inhabitants in 2011. The state maintained lethality rates below national averages in this period, except for the year 2010. It is a more common disease in males, brown race and in people of schooling until elementary school incomplete. Discussion: In the last decade, Tocantins presented levels of incidence up to 1730% higher than the national rate, demonstrating the historical association of the disease with the portion of the population living in poverty. Of those diagnosed, 3.5% had HIV infection. Conclusion: In Tocantins, LV maintains a main incidence in the pediatric population in the range of 1 to 4 years and in the adult population in the range of 20 to 39 years. In mortality, those under the age of 1 are more affected and those between 40 and 59 years old. Due to the worrying figures presented, measures must be taken to control this zoonosis in the population of Tocantinss.

Keywords: Leishmaniasis, Visceral; Neglected Diseases; Tropical Medicine; Epidemiology; Information Systems.

Biografia do Autor

Gabriel Oliveira Silva, Universidade Federal do Tocantins

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas - TO, Brasil

Guilherme Henrique Moreira Azevedo

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas - TO, Brasil

Clarissa Bezerra Nunes de Sá

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas - TO, Brasil

Olivia Maria Veloso Costa Coutinho

Docente, Médica Infectologista, Universidade Federal do Tocantins, Palmas - TO, Brasil

Barbara Mamede Arrais

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas - TO, Brasil

Rafael de Almeida Machado

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas - TO, Brasil

Rodrigo Sousa Silva

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas - TO, Brasil

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Publicado

2019-06-09

Como Citar

Silva, F. T. D., Silva, G. O., Azevedo, G. H. M., Sá, C. B. N. de, Coutinho, O. M. V. C., Arrais, B. M., … Silva, R. S. (2019). ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO TOCANTINS NO PERÍODO DE 2007 A 2017. Revista De Patologia Do Tocantins, 6(2), 5–9. https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2019v6n2p5

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