UNIVERSIDADE E CRISE INSTITUCIONAL: perspectivas de uma formação humana
DOI :
https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p274Mots-clés :
Paradigma Tradicional, Paradigma Emergente, Universidade, Processo de Bolonha, Pensamento ComplexoRésumé
A universidade brasileira do século XXI tem enfrentado adversidades multidimensionais no âmbito do ensino e da pesquisa. Sua estabilidade tem percorrido um labirinto de inferências que a impede de adentrar o espaço educativo para se desenvolver em um processo educacional que atenta à sua função social e humanística, perante uma sociedade desacreditada de possibilidades superadoras. Nesse sentido, buscamos fazer uma reflexão da transição do paradigma conservador para paradigma emergente e sua influência no contexto da universidade do século XXI na perspectiva de uma visão complexa da realidade contemporânea. Buscamos contextualizar a universidade como protagonista na construção de um novo paradigma para educação. O repensar das instituições de ensino superior a partir do Processo de Bolonha tendo em vista uma educação superior voltada para competitividade e para a competência profissional. Os desafios da universidade para este século tanto nos aspectos filosóficos e epistemológicos na percepção da complexidade humana e da pertinência do conhecimento mediante a superação do conhecimento fragmentado e compartimentalizado, colaborando para o autoconhecimento e para o diálogo entre os saberes.
Téléchargements
Références
BAUMAN, Zygmunt. Diálogos com Bauman – O mundo pós-moderno: condições sociais, 25 de julho de 2011 (Vídeo). Disponível em: http://archive.org/details/DilogosComZygmuntBauman. Acesso em 15/08/2011. Acesso em: 11/03/2014.
BEHRENS, M. A. (1999). A prática pedagógica e o desafio do paradigma emergente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, 80 (196), p. 383-403.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais n. 1/92 a 64/2010 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão n. 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG 2011-2020 / Coordenação de Pessoal de Nível Superior. – Brasília, DF: CAPES, 2010.
CANDAU, Vera Maria. A didática hoje: uma agenda de trabalho. In: CANDAU, V. M. et al. Didática, currículo e saberes escolares. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
CHAUÍ, Marilena. A universidade em ruínas. In: TRINDADE, Hélgio (Org.). Universidade em ruínas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
CHAUÍ, Marilena. Escritos sobre a universidade. São Paulo: UNESP, 2001.
CHAUÍ, Marilena. A universidade pública sob nova perspectiva. Revista brasileira de Educação, nº 24, p. 5-15, 2003.
CHAUÍ, Marilena. A universidade pública nova Perspectiva. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, n. 24, p. 5-15, Dezembro de 2003.
CUNHA, Luiz Antônio. Ensino Superior e universidade no Brasil. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira; FARIA JÚNIOR, Luciano Mendes Faria Junior & VEIGA, Cyntia Greive (Orgs.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
CUNHA, Luiz Antônio. Universidade temporã: o ensino superior da Colônia à Era Vargas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2007.
DECLARAÇÃO de Bolonha. Acesso em: 28 jun. 2017.
DECLARAÇÃO de Sorbonne. Acesso em: 28 jun. 2017.
GALINO, Maria Angeles. Historia de la Educación: edades antigua y media. Madrid: Gredos, 1973.
GERMANO. José Wellington. Estado militar e educação no Brasil (1964-1985). São Paulo: Cortez, 1993.
HESSEL, Stéphane. ¡Indignaos! Um alegato contra la indiferencia y a favor de la insurreicción pacífica. Barcelona: Editora Destino, 2011a.
HESSEL, Stéphane. ¡Comprometeos! Ya no basta com indignarse. Barcelona: Editora Destino, 2011b.
HUMBOLDT, W. Sobre a organização interna e externa das instituições científicas superiores em Berlim. In: CASPER, G. & HUMBOLDT, W. Um mundo sem universidades? Rio de Janeiro: EdUERJ, 1997.
KUHN, T. S. (2011). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva.
LANCILLOTTI, Samira Saad Pulchério. A constituição histórica do processo de trabalho docente. Tese de doutorado em Filosofia e História da Educação. Universidade Estadual de campinas, UNICAP, 2008.
LIBÂNEO, José Carlos & FREITAS, Raquel A. M. da M. Vygotsky, Leontiev, Davídov – Contribuições Da Teoria Histórico-Cultural Para A Didática. In: SUANNO, Marilza Vanessa Rosa & SILVA, Carlos Cardoso. Didática e Interfaces. Rio de Janeiro: Deescubra, 2007.
LIMA, Licínio Carlos Viana da Silva. O paradigma da educação contábil: perspectivas gerencialistas no ensino superior em Portugal. In: SGUISSARDI, Valdemar & SILVA JUNIOR, João dos Reis (Orgs.). Políticas públicas para a educação superior. Piracicaba: UNIMEP, 1997.
LUCARELLI, Elisa. Teoría y prática em la universidad: La innovación em las aulas. Buenos Aires: Miño y Dávila Editora, 2009.
MARTINS, Evando Alves. A etimologia de alguns vocábulos referentes à educação. Olhares & Trilhas: Uberlândia, Ano VI, n. 6, 2005.
MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. Teses sobre Feuerbach. In: A ideologia alemã e outros escritos. Primeira Parte. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1965.
MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997.
MORAES, Maria Cândida. Educar na biologia do amor e da solidariedade. Petrópolis: Vozes, 2003.
MORAES, Maria Cândida. Ecologia dos saberes: complexidade, transdisciplinaridade e educação – novos fundamentos para iluminar novas práticas educacionais. São Paulo: Antakarana/WHH – Willis Harman House, 2008.
MORAES, Maria Cândida. Complexidade e currículo. Revista Polis, abril/2010, nº 25, Universidad Bolivariana, Santiago/Chile, 2010.
MORAES, Maria Cândida & VALENTE, José Armando. Como pesquisar em educação a partir da complexidade e da transdisciplinaridade? São Paulo: Paulus, 2008.
MORIN, Edgar. Sobre la reforma de la universidad. A Gazeta de Antropologia. Tradução José Luis Solana Ruiz. nº 25 /1, 2009.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. Revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. 2. ed. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF: UNESCO, 2010.
MORIN, Edgar. La Vía. Para el futuro de la humanidade. Tradução Núria Petit Fontseré. Barcelona: Paidós, 2011a.
MORIN, Edgar. Para um pensamento do Sul. In: Anais - Encontro Internacional para um Pensamento do Sul. Rio de Janeiro, SESC – Departamento Nacional, 2011b.
MORIN, Edgar. Convocação para um pensamento do Sul. In: Anais - Encontro Internacional para um Pensamento do Sul. Rio de Janeiro, SESC – Departamento Nacional, 2011c.
MORIN, Edgar; CIURANA, Emilio-Roger & MOTTA, Raúl Domingo. Educar na era planetária: O Pensamento Complexo como método de aprendizagem pelo erro e incerteza humana. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2009.
NAIDORF, Judith. La privatización del conocimento público em universidades públicas. In: GENTILI, P. & LEVY, B. (Orgs.). Espacio público y privatización del conocimento. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales - CLACSO, p.101-162, 2005.
NÓVOA, António (Org.). Vida de professores. Porto: Porto Editora, 1992.
PIMENTA, Selma Garrido & ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002.
PORTUGAL. Conselho Nacional de Educação. Parecer sobre a Implementação do Processo de Bolonha (Parecer n.º 6/2004), . Acesso em: 28 jun. 2007.
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira F. História da Educação no Brasil (1930-1945). Petrópolis: Vozes, 2003.
SACRISTÁN, José Gimeno. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1999.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice. O social e o político na transição pós-moderna. São Paulo: Cortez, 1997.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A crítica da razão indolente: Contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2000.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Em torno de um novo paradigma sócio-epistemológico. Manuel Tavares conversa com Boaventura de Sousa Santos, 2007.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da Universidade. São Paulo: Cortez, 2010.
SGUISSARDI, V. A universidade neoprofissional, heterônoma e competitiva. In: MANCEBO, Deise & FÁVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque (Orgs.). Universidade: políticas, avaliação e trabalho docente. São Paulo: Cortez, p.33-52, 2004.
SUANNO, Marilza Vanessa Rosa. Outra finalidade para a educação: emerge uma didática complexa e transdisciplinar. In: ZWIEREWICZ, Marlene (Org). Criatividade e inovação no ensino superior - experiências latino-americanas e europeias em foco. Blumenau: Nova Letra, 2013. 59-80p.
ULLMANN, Reinholdo Aloysio & BOHNEN, Aloysio. A universidade: das origens à renascença. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 1994.
VERGER, Jacques. Cultura, ensino e sociedade no ocidente nos séculos XII e XIII. Bauru, SP: EDUSC, 2001.
VIEIRA, Alboni Marisa Dudeque Pianovski & GOMIDE, Angela Galizzi Vieira. História da formação de professores no Brasil: o primado das influências externas. Anais EDUCERE, 2008.
WANDERLEY, Luiz Eduardo W. O que é universidade? São Paulo: Brasiliense, 1999.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
[PT] Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista, sem pagamento, o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC BY-NC 4.0), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Leia todos os termos dos direitos autorais aqui.
