DA PORTA AO PORTAL: o espaço como metáfora da narrativa jornalística

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p680

Palavras-chave:

jornalismo, literatura, história, trabalho

Resumo

Este artigo de natureza teórica, e que abarca a História do Jornalismo, a Literatura e a Filosofia, tem como objetivo confrontar dois tempos – o passado e o presente – da produção jornalística, a partir dos lugares para daí investigar o quanto a materialidade do espaço condiciona a narrativa produzida pelos profissionais. A primeira seção aborda a transposição do espaço privado ao público, mediado pelas aberturas limiares da casa (portas, janelas) enquanto metáfora da crônica, fundando o jornalista moderno. A segunda seção investiga o abandono da cidade e o retorno ao ambiente privado em que o labor jornalístico se dá através de telas virtuais que transportam o jornalista para além do tempo e do espaço, inaugurando uma escrita à la minute e cada vez mais sob encomenda (on demand).

 

PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo; literatura; história; trabalho.

 

 

ABSTRACT

This paper of theoretical nature, and that it includes of the History of the Journalism, the Literature and the Philosophy, has as objective to confronts two times - the past and the present - of the journalistic production, from the places to investigate how much the materiality of the space conditions the narrative produced for the professionals. The first section approaches the transposition of the private space to the public, mediated for the openings thresholds of the house (doors, windows) while metaphor of the chronicle, establishing the modern journalist. The second section investigates the abandonment of the city and the return to the private environment where the journalistic work operates through virtual screens that carry the journalist to beyond the time and of the space, inaugurating a writing à la minute and each time more on demand.

 

KEYWORDS: Journalism; literature; history; work.

 

 

RESUMEN

Este artículo de naturaleza teórica, y que incluye  la Historia del Periodismo, de la Literatura y de la Filosofía, tiene como objetivo confrontar dos tiempos - el pasado y el presente - de la producción periodística, desde los lugares para a continuación investigar cuánto la materialidad del espacio condiciona la narrativa producida por los profesionales. La primera sección aborda la transposición del espacio privado al público, mediado a través de las aberturas umbrales de la casa (puertas, ventanas) mientras metáfora de la crónica, estableciendo el periodista moderno. La segunda sección investiga el abandono de la ciudad y la vuelta al entorno privado donde el trabajo periodístico se da a través de las pantallas virtuales que llevan el periodista más allá del tiempo y del espacio, inaugurando una escritura à la minute y cada vez más on demand.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jeana Laura da Cunha Santos, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduação em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina, mestrado em Literatura e doutorado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. Realizou pós-doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC. Universidade Federal de Santa Catarina.  É pós-doutoranda junto ao Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, onde integra o Grupo de Pesquisa objETHOS - Observatório da Ética Jornalística. E-mail: jeanasantos@terra.com.br.

Referências

BAUDELAIRE, Charles. Pequenos poemas em prosa. Rio de Janeiro: Record, 2006.

BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1994.

COUTO, Mia. Pensatempos: textos de opinião. Lisboa: Caminho, 2005.

DUBY, Georges (org.). História da vida privada, 2: da Europa feudal à Renascença. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

FEATHERSTONE, Mike. O flâneur, a cidade e a vida pública virtual. In: ARANTES, A. (org.). O espaço e a diferença. Campinas (SP): Papirus, 2000. p. 186-208

HOFFMAN, E. T. A. A janela de esquina do meu primo. São Paulo, SP: Cosac Naify, 2010.

JOÃO DO RIO. A alma encantadora das ruas: crônicas. São Paulo: Companhia de Bolso, 2011.

MEYER, Marlyse. Voláteis e versáteis. De variedades e folhetins se faz a chronica. In CANDIDO, Antonio (et al.). A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. São Paulo: Editora da UNICAMP; Rio de Janeiro: Fundação Casa Rui Barbosa, 1992. p. 93-133.

SALAVERRÍA, Ramón; NEGREDO, Samuel. Periodismo Integrado: convergência de medios y reorganización de redacciones. Barcelona: Editorial Sol90, 2008.

SANTOS, Jeana. Narrativas sobre a cidade: entre o medo e o fascínio. Comunicação, Mídia e Consumo, ESPM, São Paulo, ano 11, v. 11, n. 31, maio/ago. 2014.

_______. O colecionador de histórias miúdas: Machado de Assis e o jornal. Florianópolis: Insular, 2013.

_______. Cartografias do jornalismo: do parapeito da janela antiga à tela cibernética. Revistas Estudos de Jornalismo, SOPCOM, Portugal, n. 5, v. 1, 2015 e Dispositiva, PUC-Minas, Belo Horizonte, n. 3, v. 1, 2015.

SANTOS, Joaquim Ferreira dos. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

VIRILIO, Paul. O espaço crítico e as perspectivas do tempo real. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.

Publicado

2017-10-01

Como Citar

SANTOS, Jeana Laura da Cunha. DA PORTA AO PORTAL: o espaço como metáfora da narrativa jornalística. Revista Observatório , [S. l.], v. 3, n. 6, p. 680–697, 2017. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p680. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3296. Acesso em: 16 nov. 2024.