A lógica de ação social da Ferrari: Esporte, Consumo e Paixão na Scuderia do Cavallino Rampante
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2015v1n3p221Palavras-chave:
Automobilismo, Marketing Esportivo, Mundo da Vida, Sistema, Scuderia FerrariResumo
Paixão mundial seja nas pistas de corrida, seja nos carros de luxo ou mesmo em pequenos acessórios de consumo, a Scuderia Ferrari é uma das empresas mais tradicionais do esporte automotor e da indústria de carros com o seu vermelho vibrante de corrida (rosso corsa) e sua logomarca inconfundível de um cavalo rampante negro em um escudo de amarelo vibrante (cavallino rampante). O presente artigo deseja identificar a lógica de ação social que permite a empresa italiana, sediada em Maranello, tanto lucrar dentro do mecanismo econômico do capitalismo, bem como criar um fandom expressivo, cuja paixão não distingue classe social. Utilizando a lógica de racionalidade social posta por Jürgen Habermas, dividida em Mundo da Vida (ação comunicativa) e Sistema (ação instrumental), vamos esquematizar a ação ferrarista em quatro posições típica-ideais, mostrando a importância da gestão e do marketing esportivo e de bens de luxo para as empresas vinculadas ao automobilismo.
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