CORPOS DE MULHERES INDÍGENAS FRENTE ÀS VIOLÊNCIAS NA AMÉRICA LATINA: O TERRITÓRIO COMO R-EXISTÊNCIA E COMO CORPO-TERRITÓRIO
DOI:
https://doi.org/10.20873/stmmta2022-5,2-5Resumen
O texto se propõe a compreender o corpo-território desde às lutas contemporâneas das
mulheres indígenas latino-americana, especialmente, defronte às violências e violações
de direitos humanos sofridos. Para isso, inicia-se com o debate sobre o corpo como
condição/esfera da r-existência (existir para resistir) e, a partir daí, discutem-se, numa
cosmologia ancestral e geográfica de conceitos, concepções de corpo-território numa
perspectiva decolonial de poder no âmbito latino-americano. As violências que as
mulheres indígenas enfrentam foram e são aquelas que se dirigem a própria vida, que
colocam em xeque a própria existência. Lutar por corpo-território é sempre lutar por
existir. Um exemplo dessa luta é o coletivo Kuñangue Aty Guasu. A Grande Assembleia
das Mulheres Kaiowá e Guarani, começou a ser organizada no ano de 2006, no Cone Sul
do estado de Mato Grosso do Sul. O coletivo é organizado por mulheres indígenas em
assembleias multiterritoriais que se transformaram em verdadeiros espaços políticos de
organização de defesa do corpo e do território. As mulheres são as porta-vozes na luta
contra as violências e por territórios sagrados, os tekoha.
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